Provided by: nmap_7.95+dfsg-3_amd64 

NOME
nmap - Ferramenta de exploração de rede e segurança / scanner de portas
SINOPSE
nmap [Tipo de Scan...] [Opções] {especificação do alvo}
DESCRIçãO
O Nmap (“Network Mapper”) é uma ferramenta de código aberto para exploração de rede e auditoria de
segurança. Ela foi desenhada para escanear rapidamente redes amplas, embora também funcione muito bem
contra hosts individuais. O Nmap utiliza pacotes IP em estado bruto (raw) de maneira inovadora para
determinar quais hosts estão disponíveis na rede, quais serviços (nome da aplicação e versão) os hosts
oferecem, quais sistemas operacionais (e versões de SO) eles estão executando, que tipos de filtro de
pacotes/firewalls estão em uso, e dezenas de outras características. Embora o Nmap seja normalmente
utilizado para auditorias de segurança, muitos administradores de sistemas e rede consideram-no útil para
tarefas rotineiras tais como inventário de rede, gerenciamento de serviços de atualização agendados, e
monitoramento de host ou disponibilidade de serviço.
A saída do Nmap é uma lista de alvos escaneados, com informações adicionais de cada um dependendo das
opções utilizadas. Uma informação chave é a “tabela de portas interessantes”. Essa tabela lista o número
da porta e o protocolo, o nome do serviço e o estado. O estado pode ser aberto (open), filtrado
(filtered), fechado (closed), ou não-filtrado (unfilterd). Aberto (open) significa que uma aplicação na
máquina-alvo está escutando as conexões/pacotes naquela porta. Filtrado (filtered) significa que o
firewall, filtro ou outro obstáculo de rede está bloqueando a porta de forma que o Nmap não consegue
dizer se ela está aberta (open) ou fechada (closed). Portas fechadas (closed)não possuem uma aplicação
escutando nelas, embora possam abrir a qualquer instante. Portas são classificadas como não filtradas
(unfiltered)quando elas respondem às sondagens do Nmap, mas o Nmap não consegue determinar se as portas
estão abertas ou fechadas. O Nmap reporta as combinações aberta|filtrada (open|filtered)e
fechada|filtrada (closed|filtered)quando não consegue determinar qual dos dois estados descrevem melhor a
porta. A tabela de portas também pode incluir detalhes de versão de software quando a detecção de versão
for solicitada. Quando um scan do protocolo IP é solicitado (-sO), o Nmap fornece informações dos
protocolos IP suportados ao invés de portas que estejam abertas.
Além da tabela de portas interessantes, o Nmap pode fornecer informações adicionais sobre os alvos,
incluíndo nomes de DNS reverso, possível sistema operacional, tipos de dispositivos e endereços MAC.
Um scan típico do Nmap é mostrado em Exemplo 1, “Uma amostra de scan do Nmap”. Os únicos argumentos que o
Nmap utiliza nesse exemplo são -A, para habilitar a detecção de SO e a versão, -T4 para execução mais
rápida, e os hostnames de dois alvos.
Exemplo 1. Uma amostra de scan do Nmap
# nmap -A -T4 scanme.nmap.org playground
Starting nmap ( https://nmap.org/ )
Interesting ports on scanme.nmap.org (205.217.153.62):
(The 1663 ports scanned but not shown below are in state: filtered)
PORT STATE SERVICE VERSION
22/tcp open ssh OpenSSH 3.9p1 (protocol 1.99)
53/tcp open domain
70/tcp closed gopher
80/tcp open http Apache httpd 2.0.52 ((Fedora))
113/tcp closed auth
Device type: general purpose
Running: Linux 2.4.X|2.5.X|2.6.X
OS details: Linux 2.4.7 - 2.6.11, Linux 2.6.0 - 2.6.11
Uptime 33.908 days (since Thu Jul 21 03:38:03 2005)
Interesting ports on playground.nmap.org (192.168.0.40):
(The 1659 ports scanned but not shown below are in state: closed)
PORT STATE SERVICE VERSION
135/tcp open msrpc Microsoft Windows RPC
139/tcp open netbios-ssn
389/tcp open ldap?
445/tcp open microsoft-ds Microsoft Windows XP microsoft-ds
1002/tcp open windows-icfw?
1025/tcp open msrpc Microsoft Windows RPC
1720/tcp open H.323/Q.931 CompTek AquaGateKeeper
5800/tcp open vnc-http RealVNC 4.0 (Resolution 400x250; VNC TCP port: 5900)
5900/tcp open vnc VNC (protocol 3.8)
MAC Address: 00:A0:CC:63:85:4B (Lite-on Communications)
Device type: general purpose
Running: Microsoft Windows NT/2K/XP
OS details: Microsoft Windows XP Pro RC1+ through final release
Service Info: OSs: Windows, Windows XP
Nmap finished: 2 IP addresses (2 hosts up) scanned in 88.392 seconds
A versão mais nova do Nmap pode ser obtida em https://nmap.org/. A versão mais nova da página do manual
está disponível em https://nmap.org/man/.
NOTAS DA TRADUçãO
Esta edição em Português (Brasil) do Guia de Referência do Nmap foi traduzida da versão [3244] do
original em Inglês[1] por Lucien Raven :> (aka:ekita) <lucienraven.at.yahoo.com.br> e foi revisada por
Humberto Sartini <humberto.at.onda.com.br>. Embora tenhamos a esperança de que esta tradução torne o Nmap
mais acessível para os brasileiros do mundo todo, não podemos garantir que ela esteja tão completa ou
atualizada quanto a versão original em Inglês. Este trabalho pode ser modificado e redistribuído sob os
termos da Licença de Atribuição da Creative Commons[2]. Algumas liberdades foram tomadas na tradução de
expressões, jargão e gíria. Para maiores detalhes sobre a tradução, sugestões ou críticas, envie um
e-mail para os tradutores -- não esqueça de substituir '.at.' por '@'. [Rev:3244-01]
SUMáRIO DAS OPçõES
Este sumário de opções é mostrado quando o Nmap é executado sem argumentos, e a última versão está sempre
disponível em https://nmap.org/data/nmap.usage.txt. Ele ajuda as pessoas a lembrar das opções mais
comuns, mas não substitui a documentação mais técnica do restante deste manual. Algumas opções obscuras
não estão incluídas aqui.
Usage: nmap [Scan Type(s)] [Options] {target specification}
TARGET SPECIFICATION:
Can pass hostnames, IP addresses, networks, etc.
Ex: scanme.nmap.org, microsoft.com/24, 192.168.0.1; 10.0-255.0-255.1-254
-iL <inputfilename>: Input from list of hosts/networks
-iR <num hosts>: Choose random targets
--exclude <host1[,host2][,host3],...>: Exclude hosts/networks
--excludefile <exclude_file>: Exclude list from file
HOST DISCOVERY:
-sL: List Scan - simply list targets to scan
-sP: Ping Scan - go no further than determining if host is online
-P0: Treat all hosts as online -- skip host discovery
-PS/PA/PU [portlist]: TCP SYN/ACK or UDP discovery probes to given ports
-PE/PP/PM: ICMP echo, timestamp, and netmask request discovery probes
-n/-R: Never do DNS resolution/Always resolve [default: sometimes resolve]
--dns-servers <serv1[,serv2],...>: Specify custom DNS servers
--system-dns: Use OS's DNS resolver
SCAN TECHNIQUES:
-sS/sT/sA/sW/sM: TCP SYN/Connect()/ACK/Window/Maimon scans
-sN/sF/sX: TCP Null, FIN, and Xmas scans
--scanflags <flags>: Customize TCP scan flags
-sI <zombie host[:probeport]>: Idlescan
-sO: IP protocol scan
-b <ftp relay host>: FTP bounce scan
PORT SPECIFICATION AND SCAN ORDER:
-p <port ranges>: Only scan specified ports
Ex: -p22; -p1-65535; -p U:53,111,137,T:21-25,80,139,8080
-F: Fast - Scan only the ports listed in the nmap-services file)
-r: Scan ports sequentially - don't randomize
SERVICE/VERSION DETECTION:
-sV: Probe open ports to determine service/version info
--version-intensity <level>: Set from 0 (light) to 9 (try all probes)
--version-light: Limit to most likely probes (intensity 2)
--version-all: Try every single probe (intensity 9)
--version-trace: Show detailed version scan activity (for debugging)
OS DETECTION:
-O: Enable OS detection (try 2nd generation, then 1st if that fails)
-O1: Only use the old (1st generation) OS detection system
-O2: Only use the new OS detection system (no fallback)
--osscan-limit: Limit OS detection to promising targets
--osscan-guess: Guess OS more aggressively
TIMING AND PERFORMANCE:
Options which take <time> are in milliseconds, unless you append 's'
(seconds), 'm' (minutes), or 'h' (hours) to the value (e.g. 30m).
-T[0-5]: Set timing template (higher is faster)
--min-hostgroup/max-hostgroup <size>: Parallel host scan group sizes
--min-parallelism/max-parallelism <numprobes>: Probe parallelization
--min-rtt-timeout/max-rtt-timeout/initial-rtt-timeout <time>: Specifies
probe round trip time.
--max-retries <tries>: Caps number of port scan probe retransmissions.
--host-timeout <time>: Give up on target after this long
--scan-delay/--max-scan-delay <time>: Adjust delay between probes
FIREWALL/IDS EVASION AND SPOOFING:
-f; --mtu <val>: fragment packets (optionally w/given MTU)
-D <decoy1,decoy2[,ME],...>: Cloak a scan with decoys
-S <IP_Address>: Spoof source address
-e <iface>: Use specified interface
-g/--source-port <portnum>: Use given port number
--data-length <num>: Append random data to sent packets
--ttl <val>: Set IP time-to-live field
--spoof-mac <mac address, prefix, or vendor name>: Spoof your MAC address
OUTPUT:
-oN/-oX/-oS/-oG <file>: Output scan results in normal, XML, s|<rIpt kIddi3,
and Grepable format, respectively, to the given filename.
-oA <basename>: Output in the three major formats at once
-v: Increase verbosity level (use twice for more effect)
-d[level]: Set or increase debugging level (Up to 9 is meaningful)
--packet-trace: Show all packets sent and received
--iflist: Print host interfaces and routes (for debugging)
--log-errors: Log errors/warnings to the normal-format output file
--append-output: Append to rather than clobber specified output files
--resume <filename>: Resume an aborted scan
--stylesheet <path/URL>: XSL stylesheet to transform XML output to HTML
--webxml: Reference stylesheet from Insecure.Org for more portable XML
--no-stylesheet: Prevent associating of XSL stylesheet w/XML output
MISC:
-6: Enable IPv6 scanning
-A: Enables OS detection and Version detection
--datadir <dirname>: Specify custom Nmap data file location
--send-eth/--send-ip: Send using raw ethernet frames or IP packets
--privileged: Assume that the user is fully privileged
-V: Print version number
-h: Print this help summary page.
EXAMPLES:
nmap -v -A scanme.nmap.org
nmap -v -sP 192.168.0.0/16 10.0.0.0/8
nmap -v -iR 10000 -P0 -p 80
ESPECIFICAçãO DE ALVO
Tudo na linha de comando do Nmap que não for uma opção (ou argumento de uma opção) é tratado como uma
especificação de um host-alvo. O caso mais simples é especificar um endereço IP como alvo ou um hostname
para ser escaneado.
Algumas vezes você pode querer escanear uma rede inteira de hosts adjacentes. Para isso o Nmap suporta o
estilo de endereçamento CIDR. Você pode acrescentar
/númerodebits em um endereço ou hostname e o Nmap irá escanear cada endereço IP para o qual os primeiros
númerosdebits sejam o mesmo que o IP de referência ou o hostname dado. Por exemplo, 192.168.10.0/24
escanearia os 256 hosts entre 192.168.10.0 (binário: 11000000 10101000 00001010 00000000) e
192.168.10.255 (binário: 11000000 10101000 00001010 11111111), inclusive. 192.168.10.40/24 faria
exatamente a mesma coisa. Dado que o host scanme.nmap.org está no endereço IP 205.217.153.62, a
especificação scanme.nmap.org/16 escanearia os 65.536 endereços IP entre 205.217.0.0 e 205.217.255.255. O
menor valor permitido é /1, que equivale a escanear metade da Internet. O maior valor é 32, que escaneia
apenas o host nomeado ou endereço IP porque todos os bits de endereçamento estão fixos.
A notação CIDR é curta mas nem sempre flexível o suficiente. Por exemplo, você pode querer escanear
192.168.0.0/16 mas desejar pular todos os IPs terminados em .0 ou .255 porque eles são normalmente
endereços de broadcast. O Nmap suporta isso através de endereçamento por faixa de octeto. Ao invés de
especificar um endereço IP normal, você pode especificar uma lista de números separada por vírgulas ou
faixa de números para cada octeto. Por exemplo, 192.168.0-255.1-254 irá pular todos os endereços na faixa
que terminarem com .0 e/ou .255. Faixas não precisam ser limitadas ao octeto final: o especificador
0-255.0-255.13.37 irá executar um scan em toda a Internet buscando os endereços IP terminados em 13.37.
Esse tipo de amostragem ampla pode ser útil em levantamentos e pesquisas da Internet toda.
Endereços IPv6 podem apenas ser especificados utilizando o endereço ou hostname IPv6 completamente
qualificado. Faixas CIDR e octetos não são suportados para o IPv6 porque eles raramente são úteis.
O Nmap aceita múltiplas especificações de host na linha de comando, e elas não precisam ser do mesmo
tipo. O comando nmap scanme.nmap.org 192.168.0.0/16 10.0.0,1,3-7.0-255 executa o que se espera que dele.
Embora os alvos sejam normalmente especificados na linha de comando, as seguintes opções também estão
disponíveis para controlar a seleção de alvos:
-iL <arquivodeentrada> (Entrada à partir de uma lista)
Lê a especificação de alvos à partir de um arquivodeentrada. Passar uma lista enorme de hosts na
linha de comando é muito ruim, ainda que seja comumente desejável. Por exemplo, seu servidor DHCP
pode exportar uma lista de 10.000 endereços correntes em uso que você deseja escanear. Ou talvez você
deseje escanear todos os endereços IP exceto aqueles usados para localizar hosts que usam endereços
IP estáticos não-autorizados. Simplesmente gere uma lista de hosts a escanear e passe o nome do
arquivo para o Nmap como um argumento à opção -iL. As entradas podem estar em qualquer um dos
formatos aceitos pelo Nmap na linha de comando (endereço IP, hostname, CIDR, IPv6, ou faixas de
octetos). Cada entrada deve ser separada por um ou mais espaços em branco, tabulações ou quebra de
linhas. Você pode especificar um hífen (-) como nome de arquivo se quiser que o Nmap leia os nomes de
hosts da entrada padrão (standard input) ao invés de um arquivo.
-iR <número de hosts> (Escolhe alvos aleatórios)
Para levantamentos na Internet toda e outras pesquisas, você pode querer escolher alvos de forma
aleatória. O argumento número de hosts diz ao Nmap quantos IPs ele deverá gerar. IPs indesejáveis,
tais como aqueles de certas redes privativas, multicast e faixas de endereços não-alocadas são
automaticamente desconsideradas. O argumento 0 (zero) pode ser especificado caso deseje um scan sem
fim. Tenha em mente que alguns administradores de rede "torcem o nariz" para scans não-autorizados de
suas redes e podem reclamar. Use esta opção por sua conta e risco! Se você estiver realmente
entediado em uma tarde chuvosa, tente o comando nmap -sS -PS80 -iR 0 -p 80 para localizar servidores
web aleatórios para navegar.
--exclude <host1[,host2][,host3],...> (Exclui hosts/redes)
Especifica uma lista de alvos, separados por vírgula, a serem excluídos do scan mesmo que façam parte
da faixa de rede especificada. A lista que você fornece utiliza a sintaxe normal do Nmap, portanto
ela pode incluir nomes de hosts, blocos de rede CIDR, faixas de octetos, etc. Isso pode ser útil
quando a rede que você deseja escanear inclui servidores de missão crítica intocáveis, sistemas que
reajam contrariamente a escaneamento de portas ou sub-redes administradas por outras pessoas.
--excludefile <arquivo_exclusão> (Exclui a lista do arquivo)
Oferece a mesma funcionalidade que a opção --exclude, exceto que os alvos a excluir são fornecidos em
um "arquivo separado" , delimitados por quebra de linhas, espaço em branco ou tabulação, ao invés de
na linha de comando.
DESCOBERTA DE HOSTS
Um dos primeiros passos em qualquer missão de reconhecimento de uma rede é reduzir um conjunto (às vezes
enorme) de faixas de endereços IP, em uma lista de hosts ativos e interessantes. Escanear cada porta de
cada endereço IP é vagaroso e normalmente desnecessário. É claro que o que torna um host interessante
depende muito do propósito do scan. Administradores de rede podem estar apenas interessados em hosts que
executam um determinado serviço, enquanto os auditores de segurança podem se importar com cada
dispositivo que possuir um endereço IP. Um administrador pode se sentir à vontade em usar o ping ICMP
para localizar os hosts na rede interna, enquanto um profissional externo de análise de vulnerabilidades
(penetration tester) pode utilizar um conjunto diversificado de dezenas de sondagens em uma tentativa de
burlar as restrições do firewall.
As necessidades para o descobrimento de host são muito diversas e, por isso, o Nmap oferece uma ampla
variedade de opções para customizar as técnicas utilizadas. A descoberta de host às vezes é chamada de
ping scan, mas ela vai muito além dos simples pacotes ICMP de echo request associados com a ferramenta
onipresente conhecida como ping. Os usuários podem pular a etapa do ping inteiramente com uma lista de
scan (-sL) ou desabilitanto o ping (-P0), ou enfrentar a rede com combinações arbitrárias de sondagens
multi-portas TCP SYN/ACK, UDP e ICMP. O objetivo dessas sondagens é solicitar respostas que mostrem que
um endereço IP está realmente ativo (é utilizado por um host ou dispositivo de rede). Em muitas redes,
apenas uma pequena percentagem dos endereços IP está ativa em um dado momento. Isso é particularmente
comum com o espaço de endereçamento privativo abençoado pela RFC1918 como, por exemplo, 10.0.0.0/8. Essa
rede tem 16 milhões de IPs, mas eu já a vi sendo utilizado em empresas com menos de mil máquinas. A
descoberta de hosts pode encontrar essas máquinas escassamente alocadas em um mar de endereços IP.
Se nenhuma opção de descoberta de hosts for dada, o Nmap envia um pacote TCP ACK destinado a porta 80 e
uma procura ICMP Echo Request a cada máquina-alvo. Uma exceção a isso é que um scan ARP é utilizado para
cada alvo localizado na rede ethernet local. Para usuários Unix sem privilégios, com shell, um pacote SYN
é enviado ao invés do ack utilizando a chamada de sistema connect(). Esses valores padrão equivalem às
opções -PA -PE. Esta descoberta de host freqüentemente é suficiente para escanear redes locais, mas um
conjunto de sondagens mais abrangentes é recomendado para auditoria de segurança.
As opções -P* (que selecionam tipos de ping) podem ser combinadas. Você pode aumentar as chances de
penetrar em um firewall rígido enviando muitos tipos de sondagens, utilizando diferentes portas/flags TCP
e códigos ICMP. Note também que a descoberta por ARP (-PR) é feita por padrão contra alvos na rede
ethernet local mesmo que você especifique outras opções -P* , porque é quase sempre mais rápida e
eficiente.
Por definição, o Nmap faz a descoberta de host e então executa um escaneamento de portas contra cada host
que ele determina que está ativo. Isto é verdade mesmo que você especifique tipos de busca
não-padronizadas de hosts, tais como sondagens UDP (-PU). Leia sobre a opção -sP para saber como executar
apenas uma descoberta de hosts, ou utilize -P0 para pular a descoberta de hosts e escanear as portas de
todos os hosts-alvo. As seguintes opções controlam a descoberta de hosts:
-sL (Scan Listagem)
O scan listagem é uma forma degenerada de descoberta de hosts que simplesmente lista cada host da
rede especificada, sem enviar nenhum pacote aos hosts-alvos. Por padrão o Nmap fará a resolução de
DNS reverso dos hosts para descobrir seus nomes. Ainda é surpreendente a quantidade de informações
úteis que simples nomes de hosts podem dar. Por exemplo, fw.chi.playboy.com é o firewall do
escritório de Chicago da Playboy Enterprises. Nmap também reporta o número total de endereços IP ao
final. O scan listagem é um bom teste de sanidade para assegurar que você está com a lista correta de
endereços IP dos seus alvos. Se os hosts mostrarem nomes de domínios que você não reconhece, vale a
pena investigar melhor para evitar scanear a rede da empresa errada.
Uma vez que a idéia é apenas mostrar uma lista dos hosts-alvos, as opções de funcionalidade de nível
mais alto tais como scan de portas, detecção de SO, ou scan utilizando ping, não podem ser combinadas
com esta opção. Se você deseja desabilitar o scan utilizando ping enquanto executa funções de nível
elevado, leia a opção -P0.
-sP (Scan usando Ping)
Esta opção diz ao Nmap para somente
executar um scan usando o ping (descoberta de hosts), e então mostrar os hosts disponíveis que
responderam ao scan. Nenhum teste adicional (tais como escaneamento de portas e deteção de SO) é
executado. Isto é um pouco mais intrusivo que o scan listagem, e pode ser usado para os mesmos
propósitos. Permite um reconhecimento leve de uma rede-alvo sem chamar muita atenção. Saber quantos
hosts estão ativos é mais valioso para invasores que a lista fornecida pelo scan listagem com cada
endereço IP e seu nome de host.
Administradores de sistemas frequentemente acham esta opção valiosa. Ela pode ser facilmente
utilizada para contar o número de máquinas disponíveis em uma rede ou monitorar a disponibilidade dos
servidores. Isto é normalmente chamado de varredura com ping (ping sweep), e é mais confiável do que
fazer um ping em um endereço de broadcast, pois muitos hosts não respondem a pesquisas com broadcast.
A opção -sP envia um ICMP echo request e um pacote TCP para a porta 80 por padrão. Quando executada
por um usuário sem privilégios, um pacote SYN é enviado (usando uma chamada connect()) para a porta
80 no alvo. Quando um usuário privilegiado tenta escanear alvos na rede ethernet local, requisições
ARP (-PR) são utilizadas, a menos que --send-ip tenha sido especificado. A opção -sP pode ser
combinada com qualquer um dos tipos de sondagens de descobrimento (as opções -P* , excluindo -P0)
para maior flexibilidade. Se qualquer uma dessas opções de tipos de sondagens e número de porta for
utilizada, as sondagens padrão (ACK e echo request) são sobrepostas. Quando firewalls restritivos
estão posicionados entre o host de origem que executa o Nmap e a rede-alvo, utilizar essas técnicas
avançadas é recomendado. Do contrário, hosts podem ser perdidos quando o firewall ignorar as
sondagens ou as respostas delas.
-P0 (Sem ping)
Esta opção pula completamente o estágio de descoberta do Nmap. Normalmente o Nmap utiliza este
estágio para determinar as máquinas ativas para escaneamento mais agressivo. Por padrão, o Nmap
apenas executa sondagens agressivas tais como escaneamento de portas, detecção de versões, ou
detecções do SO contra hosts que foram verificados como ativos. Desabilitar a descoberta de hosts com
-P0 faz com que o Nmap teste as funções de escaneamento solicitadas contra todos os endereços IP
alvos especificados. Portanto se um espaço de endereçamento alvo do tamanho de uma classe B (/16) for
especificado na linha de comando, todos os 65.536 endereços IP serão escaneados. O segundo caracter
da opção -P0 é um zero e não a letra O. A descoberta de hosts apropriada é desconsiderada como no
scan listagem, mas ao invés de parar e mostrar a lista de alvos, o Nmap continua a executar as
funções solicitadas como se cada alvo IP estivesse ativo.
-PS [listadeportas] (Ping usando TCP SYN)
Esta opção envia um pacote TCP vazio com a flag SYN marcada. A porta de destino padrão é a 80
(configurada em tempo de compilação pela variável DEFAULT_TCP_PROBE_PORT no nmap.h), mas uma porta
alternativa pode ser especificada como um parâmetro. Até uma lista de portas separadas por vírgula
pode ser especificada (p.ex. -PS22,23,25,80,113,1050,35000), nesse caso as sondagens serão tentadas
contra cada porta em paralelo.
A flag SYN sugere aos sistemas remotos que você está tentando estabelecer uma comunicação.
Normalmente a porta de destino estará fechada e um pacote RST (reset) será enviado de volta. Se
acontecer de a porta estar aberta, o alvo irá dar o segundo passo do cumprimento-de-três-vias
(3-way-handshake) do TCP respondendo com um pacote TCP SYN/ACK TCP. A máquina executando o Nmap então
derruba a conexão recém-nascida respondendo com um RST ao invés de enviar um pacote ACK que iria
completar o cumprimento-de-três-vias e estabelecer uma conexão completa. O pacote RST é enviado pelo
kernel da máquina que está executando o Nmap em resposta ao SYN/ACK inesperado, e não pelo próprio
Nmap.
O Nmap não se importa se a porta está aberta ou fechada. Tanto a resposta RST ou SYN/ACK discutidas
anteriormente dizem ao Nmap se o hosts está disponível e responsivo.
Em caixas UNIX, apenas o usuário privilegiado root é capaz, normalmente, de enviar e receber pacotes
TCP em estado bruto. Para usuários não privilegiados um contorno é automaticamente empregado em
concordância com a chamada de sistema connect() iniciada contra cada porta-alvo. Isso tem o efeito de
enviar um pacote SYN ao host alvo, em uma tentativa de se estabelecer uma conexão. Se o connect()
retornar com sucesso rápido ou com uma falha ECONNREFUSED, a pilha TCP subjacente deve ter recebido
um SYN/ACK ou RST e o host é marcado como disponível. Se a tentativa de conexão for deixada largada
até que um timeout ocorra, o host é marcado como indisponível. Esse contorno também é usado para
conexões IPv6, pois o suporte a construção de pacotes IPv6 em estado bruto ainda não está disponível
no Nmap.
-PA [listadeportas] (Ping usando TCP ACK)
O ping usando TCP ACK é muito similar ao recém-discutido ping usando SYN. A diferença, como você
poderia imaginar, é que a flag TCP ACK é marcada ou invés da flag SYN. Tal pacote ACK finge
reconhecer dados de uma conexão TCP estabelecida, quando nenhuma conexão existe de fato. Então os
hosts remotos deveriam sempre responder com pacotes RST, revelando sua existência no processo.
A opção -PA utiliza a mesma porta padrão que a sondagem SYN (80) e pode também obter uma lista de
portas destino no mesmo formato. Se um usuário privilegiado tenta isto, ou se um alvo IPv6 é
especificado, o contorno connect() discutido anteriormente é utilizado. Esse contorno é imperfeito
pois o connect() está realmente enviando um pacote SYN ao invés de um ACK.
O motivo para oferecer ambas as sondagens ping, que utilizam SYN e ACK, é maximizar as chances de
passar por firewalls. Muitos administradores configuram roteadores e outros firwalls simples para
bloquear pacotes SYN entrantes exceto aqueles destinados a serviços públicos como o site web da
empresa ou servidor de correio eletrônico. Isso evita as demais conexões entrantes na organização,
permitindo aos usuários fazer conexões desobstruidas à Internet. Essa aproximação não-orientada à
conexão (non-stateful ou stateless) consome uns poucos recursos no firewall/roteador e é amplamente
suportada por filtros de hardware e software. O firewall de software Netfilter/iptables do Linux
oferece a conveniência da opção --syn para implementar essa abordagem stateless. Quando regras
stateless do firewall tais como essas são implementadas, sondagens de ping usando SYN (-PS) muito
provavelmente serão bloqueadas quando forem enviadas à portas fechadas. Em tais casos, a sondagem ACK
se destaca pois ela simplesmente passa por essas regras.
Outro tipo comum de firewall utiliza regras orientadas a conexão que descartam pacotes inesperados.
Esta característica era encontrada inicialmente apenas em firewalls de alto-nível, embora tenha se
tornado mais comum com o passar dos anos. O sistema Netfilter/iptables do Linux suporta esta
característica através da opção --state, que categoriza os pacotes baseados no estado da conexão. Uma
sondagem SYN tem maiores chances de funcionar contra um sistema assim, pois pacotes ACK inesperados
são normalmente reconhecidos como falsos e descartados. Uma solução para esse dilema é enviar ambas
as sondagens SYN e ACK especificando -PS e -PA.
-PU [listadeportas] (Ping usando UDP)
Outra opção de descoberta de hosts é o ping usando UDP, que envia um pacote UDP vazio (a menos que
--data-length seja especificado) para as portas informadas. O argumento "listadeportas" tem o mesmo
formato que os discutidos anteriormente nas opções -PS e -PA. Se nenhuma porta for especificada, o
padrão é 31338. Esse padrão pode ser configurado em tempo de compilação alterando
DEFAULT_UDP_PROBE_PORT no nmap.h. Uma porta alta incomum é utilizada como padrão porque enviar para
portas abertas normalmente é indesejado para este tipo particular de scan.
Ao bater contra uma porta fechada na máquina-alvo, a sondagem UDP deve causar um pacote ICMP de porta
inalcançável como resposta. Isso diz ao Nmap que a máquina está ativa e disponível. Muitos outros
tipos de erros ICMP, tais como host/rede inalcançável ou TTL excedido são indicativos de um host
inativo ou inalcançável. A falta de resposta também é interpretada dessa forma. Se uma porta aberta é
alcançada, a maioria dos serviços simplesmente ignoram o pacote vazio e falham em retornar qualquer
resposta. É por isso que a porta de sondagem padrão é 31338, que pouco provavelmente estará em uso.
Uns poucos serviços, tal como o chargen, irá responder a um pacote UDP vazio, e com isso revelará ao
Nmap que a máquina está disponível.
A principal vantagem deste tipo de scan é que ele passa por firewalls e filtros que apenas examinam o
TCP. Por exemplo, uma vez eu tive um roteador broadband sem-fio Linksys BEFW11S4. A interface externa
desse dispositivo filtrava todas as portas TCP por padrão, mas as sondagens UDP ainda causavam
mensagens de porta inalcançável, entregando assim o dispositivo.
-PE; -PP; -PM (Tipos de Ping do ICMP)
Além dos tipos incomuns de descoberta de hosts TCP e UDP discutidos anteriormente, o Nmap pode enviar
os pacotes-padrão que normalmente são enviados pelo onipresente programa ping. O Nmap envia um pacote
ICMP do tipo 8 (echo request) ao endereço IP alvo, esperando como resposta um tipo 0 (Echo Reply) do
host disponível. Infelizmente para muitos exploradores de rede, muitos hosts e firewalls atualmente
bloqueiam esses pacotes, ao invés de responder como é requerido pela RFC 1122[3]. Por essa razão,
scans puramente ICMP são raramente confiáveis o suficiente contra alvos desconhecidos na Internet.
Mas para administradores de sistemas monitorando uma rede interna eles podem ser uma abordagem
prática e eficiente. Utilize a opção -PE para ativar esse comportamento echo request.
Embora o echo request seja a pesquisa padrão de um ping ICMP, o Nmap não pára aqui. A padronização do
ICMP (RFC 792[4]) também especifica timestamp request, information request, e pacotes address mask
request como códigos 13, 15, e 17, respectivamente. Apesar do propósito ostensivo dessas pesquisas
seja obter informações tais como a máscara do endereço e hora corrente, eles podem ser facilmente
utilizados para descoberta de hosts. Um sistema que responda está ativo e disponível. O Nmap não
implementa atualmente os pacotes de requisição de informações, pois eles não são amplamente
suportados. A RFC 1122 insiste que “um host NÃO DEVERIA implementar essas mensagens”. Pesquisas de
marcação de hora (Timestamp) e máscara de endereço podem ser enviadas com as opções -PP e -PM ,
respectivamente. Uma resposta timestamp reply (código ICMP 14) ou uma resposta address mask reply
(código 18) revela que o host está disponível. Essas duas pesquisas podem ser valiosas quando os
administradores bloqueiam pacotes echo request especificamente e esquecem que outras pesquisas ICMP
podem ser usadas com o mesmo propósito.
-PR (Ping usando ARP)
Um dos cenários de uso mais comuns do Nmap é escanear a LAN ethernet. Na maioria das LANs,
especialmente aquelas que utilizam a faixa de endereçamento privativo abençoado pela RFC1918, a vasta
maioria dos endereços IP não são utilizados nunca. Quando o Nmap tenta enviar um pacote IP em estado
bruto, tal como um ICMP echo request, o sistema operacional deve determinar o endereço físico de
destino (ARP) correspondente ao IP-alvo de forma que ele possa endereçar adequadamente o frame
ethernet. Isso normalmente é lento e problemático, pois os sistemas operacionais não foram escritos
com a expectativa de que precisariam fazer milhões de requisições ARP contra hosts indisponíveis em
um curto período de tempo.
O scan ARP encarrega o Nmap e seus algoritmos otimizados de fazer as requisições ARP. E se ele
conseguir uma resposta de volta, o Nmap não precisa nem se preocupar com os pacotes ping baseados em
IP, uma vez que ele já sabe que o host está ativo. Isso torna o scan ARP muito mais rápido e mais
confiável que os scans baseados em IP. Portanto isso é feito por padrão quando se escaneia hosts
ethernet que o Nmap detecta estarem posicionados em uma rede ethernet local. Mesmo se tipos
diferentes de ping (tais como -PI ou -PS) seja especificados, o Nmap usa o ARP no lugar para cada um
dos alvos que estiverem na mesma LAN. Se você não quiser de forma nenhuma fazer um scan ARP,
especifique --send-ip.
-n (Não faça resolução DNS)
Diz ao Nmap para nunca fazer uma resolução DNS reversa nos endereços IP ativos que ele encontrar. Uma
vez que o DNS é normalmente lento, isso acelera as coisas.
-R (resolução DNS para todos os alvos)
Diz ao Nmap para sempre fazer uma resolução DNS reversa nos endereços IP-alvos. Normalmente isto
apenas é executado quando uma máquina está ativa.
--system-dns (Usa a resolução DNS do sistema)
Por padrão, o Nmap resolve o endereço IP através do envio de pesquisas (queries) diretamente aos
servidores de nome configurados em seu host, e então escuta as respostas. Muitas das pesquisas
(dezenas) são executadas em paralalo para um melhor desempenho. Especifique esta opção se desejar
utilizar a resolução DNS do seu sistema (um endereço IP por vez, através da chamada getnameinfo()).
Isto é mais lente e raramente útil, a não ser que haja um bug no código de DNS do Nmap -- por favor,
entre em contato conosco se for o caso. A resolução DNS do sistema é sempre usada em escaneamento
IPv6.
--dns-servers <servidor1[,servidor2],...> (Servidores a utilizar para a pesquisa DNS reversa)
Por padrão o Nmap irá tentar determinar os seus servidores DNS (para a resolução DNS reversa) através
do arquivo resolv.conf (UNIX) ou do registry (Win32). Opcionalmente você pode usar esta opção para
especificar servidores alternativos. Esta opção não é honrada se você estiver usando --system-dns ou
um escaneamento IPv6. Utilizar múltiplos servidores DNS é, normalmente, mais rápido e mais furtivo do
que pesquisar apenas em um servidor. O melhor desempenho é frequentemente obtido especificando-se
todos os servidores que tem autoridade sobre a faixa de endereços IP.
FUNDAMENTOS DO ESCANEAMENTO DE PORTAS
Embora o Nmap tenha crescido em funcionalidade ao longo dos anos, ele começou como um eficiente scanner
de portas, e essa permanece sua função principal. O simples comando nmap alvo escaneia mais de 1660
portas TCP no host alvo. Embora muitos scanner de portas tenham tradicionalmente agrupado todas as portas
nos estados aberto ou fechado, o Nmap é muito mais granular. Ele divide as portas em seis estados:
aberto(open), fechado(closed),filtrado(filtered), não-filtrado(unfiltered), open|filtered, ou
closed|filtered.
Esses estados não são propriedades intrínsecas da porta, mas descrevem como o Nmap as vê. Por exemplo, um
scan do Nmap da mesma rede como alvo pode mostrar a porta 135/tcp como aberta, enquanto um scan ao mesmo
tempo com as mesmas opções, à partir da Internet poderia mostrar essa porta como filtrada.
Os seis estados de porta reconhecidos pelo Nmap
aberto (open)
Uma aplicação está ativamente aceitando conexões TCP ou pacotes UDP nesta porta. Encontrar esse
estado é freqüentemente o objetivo principal de um escaneamento de portas. Pessoas conscientes sobre
a segurança sabem que cada porta aberta é um convite para um ataque. Invasores e profissionais de
avaliação de segurança querem explorar as portas abertas, enquanto os administradores tentam fechar
ou proteger com firewalls sem bloquear usuários legítimos. Portas abertas são também interessantes
para scans não-relacionados à segurança pois mostram os serviços disponíveis para utilização na rede.
fechado (closed)
Uma porta fechada está acessível (ela recebe e responde a pacotes de sondagens do Nmap), mas não há
nenhuma aplicação ouvindo nela. Elas podem ser úteis para mostrar que um host está ativo em um
determinado endereço IP (descoberta de hosts, ou scan usando ping), e como parte de uma deteção de
SO. Pelo fato de portas fechadas serem alcançáveis, pode valer a pena escanear mais tarde no caso de
alguma delas abrir. Os administradores deveriam considerar o bloqueio dessas portas com um firewall.
Então elas apareceriam no estado filtrado, discutido a seguir.
filtrado (filtered)
O Nmap não consegue determinar se a porta está aberta porque uma filtragem de pacotes impede que as
sondagens alcancem a porta. A filtragem poderia ser de um dispositivo firewall dedicado, regras de
roteador, ou um software de firewall baseado em host. Essas portas frustram os atacantes pois elas
fornecem poucas informações. às vezes elas respondem com mensagens de erro ICMP tais como as do tipo
3 código 13 (destino inalcançável: comunicação proibida administrativamente), mas os filtros que
simplesmente descartam pacotes sem responder são bem mais comuns. Isso força o Nmap a tentar diversas
vezes só para o caso de a sondagem ter sido descartada por congestionamento da rede ao invés de
filtragem. Isso reduz a velocidade do scan dramaticamente.
não-filtrado (unfiltered)
O estado não-filtrado significa que uma porta está acessível, mas que o Nmap é incapaz de determinar
se ela está aberta ou fechada. Apenas o scan ACK, que é usado para mapear conjuntos de regras de
firewall, classifica portas com este estado. Escanear portas não-filtradas com outros tipos de scan,
tal como scan Window, scan Syn, ou scan FIN, podem ajudar a responder se a porta está aberta.
open|filtered
O Nmap coloca portas neste estado quando é incapaz de determinar se uma porta está aberta ou
filtrada. Isso acontece para tipos de scan onde as portas abertas não dão nenhuma resposta. A falta
de resposta também pode significar que um filtro de pacotes descartou a sondagem ou qualquer resposta
que ela tenha provocado. Portanto não sabe-se com certeza se a porta está aberta ou se está sendo
filtrada. Os scans UDP, IP Protocol, FIN, Null, e Xmas classificam portas desta forma.
closed|filtered
Este estado é usado quando o Nmap é incapaz de determinar se uma porta está fechada ou filtrada. É
apenas usado para o scan IPID Idle scan.
TéCNICAS DE ESCANEAMENTO DE PORTAS
Como um novato executando um reparo automotivo, posso brigar por horas tentando usar minhas ferramentas
rudimentares (martelo, fita adesiva, grifo, etc.) nas tarefas. Quando eu falho miseravelmente e reboco
minha lata-velha para um mecânico de verdade ele invariavelmente pesca aqui e ali em um enorme baú de
ferramentas até pegar a coisa perfeita que torna a tarefa uma brincadeira. A arte de escanear portas é
similar. Os experts entendem as dezenas de técnicas de escaneamento e escolhem as que são apropriadas (ou
uma combinação) para uma dada tarefa. Usuários inexperientes e script kiddies, por outro lado, tentam
resolver todos os problemas com o scan SYN padrão. Uma vez que o Nmap é gratuito, a única barreira para a
maestria em escaneamento de portas é o conhecimento. Isso certamente é melhor que no mundo automotivo,
onde pode ser necessário uma grande habilidade para determinar que você precisa de um compressor de molas
e então você tem que pagar milhares de dólares por um.
A maioria dos tipos de scan está disponível apenas para usuários privilegiados. Isso acontece porque eles
enviam e recebem pacotes em estado bruto, o que requer acesso de root em sistemas Unix. Utilizar a conta
de administrador no Windows é recomendado, embora o Nmap às vezes funcione com usuários sem privilégios
nessa plataforma quando o WinPcap foi carregado no SO. Requerer privilégio de root era uma séria
limitação quando o Nmap foi lançado em 1997, pois muitos usuários apenas tinham acesso a contas de shell
compartilhadas. Agora o mundo é diferente. Computadores estão mais baratos, muito mais pessoas tem acesso
direto e permanente à Internet, e computadores de mesa Unix (incluindo Linux e MAC OS X) são comuns. Uma
versão para o Windows do Nmap se encontra disponível atualmente, permitindo que se rode em muito mais
computadores de mesa. Por todas essas razões, os usuários tem menos necessidade de executar o Nmap à
partir de contas de shell compartilhadas e limitadas. Isso é muito bom pois as opções privilegiadas
tornam o Nmap muito mais poderoso e flexível.
Embora o Nmap tente produzir resultados precisos, tenha em mente que todas as deduções são baseadas em
pacotes devolvidos pelas máquinas-alvo (ou firewalls na frente delas). Tais hosts podem ser
não-confiáveis e enviar respostas com o propósito de confundir ou enganar o Nmap. Muito mais comum são os
hosts não-de-acordo-com-a-rfc que não respondem como deveriam às sondagens do Nmap. As sondagens FIN,
Null e Xmas são particularmente suscetíveis a esse problema. Tais questões são específicas de
determinados tipos de scan e portanto são discutidos nas entradas individuais de cada um dos tipos.
Esta seção documenta as dezenas de técnicas de escaneamento de portas suportadas pelo Nmap. Apenas um
método pode ser utilizado de cada vez exceto que um scan UDP (-sU) pode ser combinado com qualquer um dos
tipos de scan TCP. Como uma ajuda para a memória, as opções dos tipos de escaneamento de portas estão no
formato -sC, onde C é um caracter proeminente no nome do scan, normalmente o primeiro. A única exceção a
essa regra é para o scan deprecado FTP bounce (-b). Por padrão, o Nmap executa um scan SYN, embora ele
substitua por um scan connect se o usuário não tiver os privilégios adequados para enviar pacotes em
estado bruto (requer acesso de root no UNIX) ou se alvos IPv6 forem especificados. Dos scans listados
nesta seção, os usuários não privilegiados podem apenas executar os scans connect e ftp bounce.
-sS (scan TCP SYN)
O scan SYN é a opção de scan padrão e mais popular por boas razões. Pode ser executada rapidamente,
escaneando milhares de portas por segundo em uma rede rápida, não bloqueada por firewalls intrusivos.
O scan SYN é relativamente não-obstrusivo e camuflado, uma vez que ele nunca completa uma conexão
TCP. Ele também trabalha contra qualquer pilha TCP padronizada ao invés de depender de
idiossincrasias de plataformas específicas como os scans Fin/Null/Xmas, Maimon e Idle fazem. Ele
também permite uma diferenciação limpa e confiável entre os estados aberto (open), fechado (closed),
e filtrado (filtered).
Esta técnica é freqüentemente chamada de escaneamento de porta entreaberta (half-open scanning),
porque você não abre uma conexão TCP completamente. Você envia um pacote SYN, como se fosse abrir uma
conexão real e então espera uma resposta. Um SYN/ACK indica que a porta está ouvindo (aberta),
enquanto um RST (reset) é indicativo de uma não-ouvinte. Se nenhuma resposta é recebida após diversas
retransmissões, a porta é marcada como filtrada. A porta também é marcada como filtrada se um erro
ICMP de inalcançável é recebido (tipo 3, código 1,2, 3, 9, 10, ou 13).
-sT (scan TCP connect)
O scan TCP connect é o scan padrão do TCP quando o scan SYN não é uma opção. Esse é o caso quando o
usuário não tem privilégios para criar pacotes em estado bruto ou escanear redes IPv6. Ao invés de
criar pacotes em estado bruto como a maioria dos outros tipos de scan fazem, o Nmap pede ao sistema
operacional para estabelecer uma conexão com a máquina e porta alvos enviando uma chamada de sistema
connect(). Essa é a mesma chamada de alto nível que os navegadores da web, clientes P2P, e a maioria
das outras aplicações para rede utilizam para estabelecer uma conexão. É parte da interface de
programação conhecida como API de Sockets de Berkeley. Ao invés de ler as respostas em pacotes em
estado bruto diretamente dos fios, o Nmap utiliza esta API para obter informações do estado de cada
tentativa de conexão.
Quando um scan SYN está disponível é normalmente a melhor escolha. O Nmap tem menos controle sobre a
chamada de alto nível connect() do que sobre os pacotes em estado bruto, tornando-o menos eficiente.
A chamada de sistema completa as conexões nas portas-alvo abertas ao invés de executar o reset de
porta entreaberta que o scan SYN faz. Isso não só leva mais tempo e requer mais pacotes para obter a
mesma informação, mas também torna mais provável que as máquinas-alvo registrem a conexão. Um sistema
IDS decente irá detectar qualquer um deles, mas a maioria das máquinas não tem esse tipo de sistema
de alarme. Muitos serviços na maioria dos sistema Unix irão acrescentar uma nota no syslog, e às
vezes uma mensagem de erro obscura, quando o Nmap se conecta e então fecha a conexão sem enviar
nenhum dado. Serviços verdadeiramente patéticos irão travar quando isso acontecer, embora isso seja
incomum. Um administrador que vê um punhado de tentativas de conexão nos registros vindos de um único
sistema deveria saber que foi escaneado com connect().
-sU (scans UDP)
Embora os serviços mais populares na Internet trafeguem sobre o protocolo TCP, os serviços UDP[5] são
amplamente difundidos. O DNS, o SNMP, e o DHCP (registrados nas portas 53, 161/162, e 67/68) são três
dos mais comuns. Pelo fato do escaneamento UDP ser normalmente mais lento e mais difícil que o TCP,
alguns auditores de segurança ignoram essas portas. Isso é um erro, pois serviços UDP passíveis de
exploração são bastante comuns e invasores certamente não ignoram o protocolo inteiro. Felizmente o
Nmap pode ajudar a inventariar as portas UDP.
O scan UDP é ativado com a opção -sU. Ele pode ser combinado com um tipo de escaneamento TCP como o
scan SYN (-sS) para averigüar ambos protocolos na mesma execução.
O scan UDP funciona enviando um cabeçalho UDP vazio (sem dados) para cada porta almejada. Se um erro
ICMP de porta inalcançável (tipo 3, código 3) é retornado, a porta está fechada. Outros erros do tipo
inalcançável (tipo 3, códigos 1, 2, 9, 10, ou 13) marcam a porta como filtrada. Ocasionalmente um
serviço irá responder com um pacote UDP, provando que está aberta. Se nenhuma resposta é recebida
após as retransmissões, a porta é classificada como aberta|filtrada. Isso significa que a porta
poderia estar aberta, ou talvez que filtros de pacotes estejam bloqueando a comunicação. Scans de
versões (-sV) podem ser utilizados para ajudar a diferenciar as portas verdadeiramente abertas das
que estão filtradas.
Um grande desafio com o escaneamento UDP é fazê-lo rapidamente. Portas abertas e filtradas raramente
enviam alguma resposta, deixando o Nmap esgotar o tempo (time out) e então efetuar retransmissões
para o caso de a sondagem ou a resposta ter sido perdida. Portas fechadas são, normalmente, um
problema ainda maior. Elas costumam enviar de volta um erro ICMP de porta inalcançável. Mas, ao
contrário dos pacotes RST enviados pelas portas TCP fechadas em resposta a um scan SYN ou connect,
muitos hosts limitam a taxa de mensagens ICMP de porta inalcançável por padrão. O Linux e o Solaris
são particularmente rigorosos quanto a isso. Por exemplo, o kernel 2.4.20 do Linux limita a
quantidade de mensagens de destino inalcançável a até uma por segundo (no net/ipv4/icmp.c).
O Nmap detecta a limitação de taxa e diminui o ritmo de acordo para evitar inundar a rede com pacotes
inúteis que a máquina-alvo irá descartar. Infelizmente, um limite como o do Linux de um pacote por
segundo faz com que um scan de 65.536 portas leve mais de 18 horas. Idéias para acelerar o
escaneamento UDP incluem escanear mais hosts em paralelo, fazer um scan rápido apenas das portas mais
comuns primeiro, escanear por detrás de um firewall, e utilizar --host-timeout para pular os hosts
lentos.
-sN; -sF; -sX (scans TCP Null, FIN, e Xmas)
Esses três tipos de scan (existem outras opções, possíveis com a opção --scanflags descrita na
próxima seção) exploram uma brecha sutil na RFC do TCP[6] para diferenciarem entre portas abertas e
fechadas. A página 65 diz que “se a porta [destino] estiver FECHADA .... um segmento entrante que não
contenha um RST irá causar o envio de um RST como resposta.” Então a página seguinte discute os
pacotes enviados à portas abertas sem os bits SYN, RST ou ACK marcados, afirmando que: “é pouco
provável que você chegue aqui, mas se chegar, descarte o segmento, e volte.”
Quando se escaneia sistemas padronizados com o texto desta RFC, qualquer pacote que não contenha os
bits SYN, RST, ou ACK irá resultar em um RST como resposta se a porta estiver fechada, e nenhuma
resposta se a porta estiver aberta. Contanto que nenhum desses três bits estejam incluídos, qualquer
combinação dos outros três (FIN, PSH e URG) é válida. O Nmap explora isso com três tipos de scan:
scan Null (-sN)
Não marca nenhum bit (o cabeçalho de flag do tcp é 0)
scan FIN (-sF)
Marca apenas o bit FIN do TCP.
scan Xmas(-sX)
Marca as flags FIN, PSH e URG, iluminando o pacote como uma árvore de Natal.
Esses três tipos de scan são exatamente os mesmos em termos de comportamento, exceto pelas flags TCP
marcadas no pacotes de sondagem. Se um pacote RST for recebido, a porta é considerada fechada, e
nenhuma resposta significa que está aberta|filtrada. A porta é marcada como filtrada se um erro ICMP
do tipo inalcançável (tipo 3, código 1, 2, 3, 9, 10, ou 13) for recebido.
A vantagem principal desses tipos de scan é que eles podem bisbilhotar através de alguns firewalls
não-orientados à conexão e de roteadores que filtram pacotes. Outra vantagem é que esses tipos de
scan são um pouco mais camuflados do que o scan SYN. Mas, não conte com isso -- a maioria dos
produtos IDS modernos podem ser configurados para detectá-los. O maior problema é que nem todos os
sistemas seguem a RFC 793 ao pé-da-letra. Diversos sistemas enviam respostas RST para as sondagens
independentemente do fato da porta estar aberta ou não. Isso faz com que todas as portas sejam
classificadas como fechadas. A maioria dos sistemas operacionais que fazem isso são Microsoft
Windows, muitos dispositivos Cisco, BSDI, e o IBM OS/400. Esse scan realmente funciona contra a
maioria dos sistemas baseados em Unix. Outro ponto negativo desses scans é que eles não conseguem
diferenciar portas abertas de alguns tipos de portas filtradas, deixando você com a resposta
abera|filtrada.
-sA (scan TCP ACK)
Esse scan é diferente dos outros discutidos até agora pelo fato de que ele nunca determina se uma
porta está aberta (ou mesmo aberta|filtrada). Ele é utilizado para mapear conjuntos de regras do
firewall, determinando se eles são orientados à conexão ou não e quais portas estão filtradas.
O pacote de sondagem do scan ACK tem apenas a flag ACK marcada (a menos que você use --scanflags).
Quando se escaneia sistemas não-filtrados, as portas abertas e fechadas irão devolver um pacote RST.
O Nmap então coloca nelas o rótulo não-filtradas (unfiltered), significando que elas estão
alcançáveis pelo pacote ACK, mas se elas estão abertas ou fechadas é indeterminado. Portas que não
respondem, ou que devolvem certas mensagens de erro ICMP (tipo 3, código 1, 2, 3, 9, 10, ou 13), são
rotuladas como filtradas.
-sW (scan da Janela TCP)
Scan da Janela é exatamente o mesmo que o scan ACK, exceto que ele explora um detalhe da
implementação de certos sistemas de forma a diferenciar as portas abertas das fechadas, ao invés de
sempre mostrar não-filtrada quando um RST é devolvido. Ele faz isso examinando o campo Janela TCP
(TCP Window) do pacote RST devolvido. Em alguns sistemas, as portas abertas usam um valor positivo de
tamanho de janela (mesmo para pacotes RST), enquanto que as portas fechadas tem um valor igual a
zero. Então, ao invés de sempre mostrar uma porta como não-filtrada quando se recebe um RST de volta,
o scan da Janela mostra a porta como aberta ou fechada se o valor da Janela TCP no reset for positivo
ou zero, respectivamente.
Este scan se baseia em um detalhe de implementação de uma minoria de sistemas na Internet, portanto
não se pode confiar sempre nele. Sistemas que não suportam isso irão normalmente devolver todas as
portas como fechadas. É claro que é possível que a máquina realmente não tenha nenhuma porta aberta.
Se a maioria das portas escaneadas estiver fechada mas uns poucos números de portas comuns (tais como
22, 25, 53) estão filtrados, o sistema muito provavelmente está vulnerável. De vez em quando, os
sistemas irão mostrar exatamente o comportamento oposto. Se o seu scan mostrar 1000 portas abertas e
3 fechadas ou filtradas, então essas três podem muito bem ser as verdadeiramente abertas.
-sM (scan TCP Maimon)
O scan Maimon recebeu o nome de seu descobridor, Uriel Maimon. Ele descreveu a técnica na Phrack
Magazine, edição 49 (Novembro de 1996). O Nmap, que incluiu essa técnica, foi lançado duas edições
mais tarde. A técnica é exatamente a mesma que os scans Null, FIN e Xmas, exceto que a sondagem é
FIN/ACK. De acordo com a RFC 793 (TCP), um pacote RST deveria ser gerado em resposta a tal sondagem
se a porta estiver aberta ou fechada. Entretanto, Uriel notou que muitos sistemas derivados do BSD
simplesmente descartavam o pacote se a porta estivesse aberta.
--scanflags (scan TCP Personalizado)
Usuários verdadeiramente avançados do Nmap não precisam se limitar aos tipos de scans enlatados
oferecidos. A opção --scanflags permite que você desenhe seu próprio scan permitindo a especificação
de flags TCP arbitrárias. Deixe sua imaginação correr solta enquanto dribla sistemas de detecção de
intrusão, cujos fabricantes apenas olharam rapidamente a página man do Nmap adicionando regras
específicas!
O argumento do --scanflags pode ser um valor numérico da marca (flag) como o 9 (PSH e FIN), mas usar
nomes simbólicos é mais fácil. Apenas esprema alguma combinação de URG, ACK, PSH, RST, SYN, e FIN.
Por exemplo, --scanflags URGACKPSHRSTSYNFIN marca tudo, embora não seja muito útil para escaneamento.
A ordem em que essas marcas são especificadas é irrelevante.
Além de especificar as marcas desejadas, você pode especificar um tipo de scan TCP (como o -sA ou
-sF). Esse tipo-base diz ao Nmap como interpretar as respostas. Por exemplo, um scan SYN considera
nenhuma-resposta como uma indicação de porta filtrada, enquanto que um scan FIN trata a mesma como
aberta|filtrada. O Nmap irá se comportar da mesma forma que o tipo de scan-base escolhido, exceto que
ele irá usar as marcas TCP que você especificar. Se você não escolher um tipo-base, o scan SYN é
utilizado.
-sI <hostzumbi[:portadesondagem]> (scan Idle)
Este método avançado de scan permite um scan TCP realmente cego das portas do alvo (significando que
nenhum pacote é enviado para o alvo do seu endereço IP real). Ao invés disso, um ataque canal-lateral
(side-channel) explora a previsível geração de seqüencia de ID, conseqüencia da fragmentação do IP,
no host zumbi, para juntar informações sobre as portas abertas no alvo. Sistemas IDS irão mostrar o
scan como se viessem da máquina zumbi que você especificou (que deve estar ativa e obedecer a alguns
critérios). Este tipo fascinante de scan é complexo demais para se descrever completamente aqui,
neste guia de referência, então eu escrevi e postei um trabalho informal com detalhes completos em
https://nmap.org/book/idlescan.html.
Além de ser extraordinariamente camuflado (devido à sua natureza cega), este tipo de scan permite
mapear relações de confiança baseadas em IP entre máquinas. A listagem de portas mostra as portas
abertas da perspectiva do host zumbi. Portanto você pode tentar escanear algo usando vários zumbis
que você acha que podem ser confiáveis (via regras de roteador/filtro de pacotes).
Você pode adicionar o sinal "dois-pontos", seguido do número da porta, ao nome do host zumbi se
quiser sondar uma porta em particular no zumbi, verificando as mudanças de IPID. Do contrário o Nmap
irá utilizar a porta que ele normalmente usa por padrão para pings tcp (80).
-sO (Scans do protocolo IP)
Scans do Protocolo IP permitem que você determine quais protocolos IP (TCP, ICMP, IGMP, etc.) são
suportados pelas máquina-alvo. Isso não é, tecnicamente, um scan de portas, pois ele varia os números
do protocolo IP ao invés dos números de portas TCP e UDP. Ainda assim, ele utiliza a opção -p para
selecionar os números de protocolos a escanear, mostra os resultados dentro do formato normal da
tabela de portas e usa o mesmo mecanismo de escaneamento dos métodos de descoberta de portas.
Portanto ele é parecido o suficiente com um scan de portas e por isso pertence à este lugar.
Além de ser útil de seu jeito, o scan de protocolo mostra o poder do software de código aberto.
Embora a idéia fundamental seja bastante simples, eu não havia pensado em adicioná-la e nem havia
recebido nenhuma solicitação para essa funcionalidade. Então, no verão de 2000, Gerhard Rieger
concebeu a idéia, escreveu uma excelente alteração (patch) implementando-a, e a enviou para a lista
de discussão nmap-hackers. Eu incorporei a alteração na árvore do Nmap e lancei uma nova versão no
dia seguinte. Poucos produtos de software comercial tem usuários entusiasmados o suficiente para
desenhar e contribuir com melhorias!
O scan de protocolo funciona de uma forma similar a um scan UDP. Ao invés de ficar repetindo
alternando o campo de número de porta de um pacote UDP, ele envia cabeçalhos de pacote IP e faz a
repetição alternando o campo de protocolo IP de 8 bits. Os cabeçalhos normalmente estão vazios, sem
conter dados, e nem mesmo contendo o cabeçalho apropriado do suposto protocolo. As três exceções são
o TCP, o UDP e o ICMP. Um cabeçalho de protocolo apropriado para estes é incluído, uma vez que alguns
sistemas não os enviarão caso não tenham, e porque o Nmap tem as funções para criá-los Ao invés de
observar as mensagens de erro ICMP de porta inalcançável, o scan de protocolo fica de olho nas
mensagens ICMP de protocolo inalcançável. Se o Nmap recebe qualquer resposta de qualquer protocolo do
host-alvo, o Nmap marca esse protocolo como aberto. Um erro ICMP de protocolo não-alcançável (tipo 3,
código 2) faz com que o protocolo seja marcado como fechado. Outros erros ICMP do tipo inalcançável
(tipo 3, código 1, 3, 9, 10, ou 13) fazem com que o protocolo seja marcado como filtrado (embora eles
provem, ao mesmo tempo, que o ICMP está aberto). Se nenhuma resposta for recebida após as
retransmissões, o protocolo é marcado como aberto|filtrado.
-b <host para relay de ftp> (Scan de FTP bounce)
Uma característica interessante do protocolo FTP (RFC 959[7]) é o suporte à conexões denominadas
proxy ftp. Isso permite que um usuário conecte-se a um servidor FTP, e então solicite que arquivos
sejam enviados a um terceiro servidor. Tal característica é sujeita a abusos em diversos níveis, por
isso a maioria dos servidores parou de suportá-la. Um dos abusos permitidos é fazer com que o
servidor FTP escaneie as portas de outros hosts. Simplesmente solicite que o servidor FTP envie um
arquivo para cada porta interessante do host-alvo. A mensagem de erro irá descrever se a porta está
aberta ou não. Esta é uma boa forma de passar por cima de firewalls porque os servidores FTP de
empresas normalmente são posicionados onde tem mais acesso a outros hosts internos que os velhos
servidores da Internet teriam. O Nmap suporta o scan de ftp bounce com a opção -b. Ela recebe um
argumento no formato nomedousuário:senha@servidor:porta. Servidor é o nome ou endereço IP de um
servidor FTP vulnerável. Assim como em uma URL normal, você pode omitir nomedousuário:senha, neste
caso as credenciais de login anônimo (usuário: anonymous senha:-wwwuser@) serão usados. O número da
porta (e os dois-pontos) podem ser omitidos, e então a porta FTP padrão (21) no servidor será
utilizada.
Esta vulnerabilidade espalhou-se em 1997 quando o Nmap foi lançado, mas foi corrigida amplamente.
Servidores vulneráveis ainda estão por aí, então pode valer a pena tentar se tudo o mais falhar. Se
passar por cima de um firewall é o seu objetivo, escaneie a rede-alvo procurando por uma porta 21
aberta (ou mesmo por qualquer serviço FTP se você escanear todas as portas com a detecção de versão),
então tente um scan bounce usando-as. O Nmap irá dizer se o host é vulnerável ou não. Se você estiver
apenas tentando encobrir suas pegadas, você não precisa (e, na verdade, não deveria) limitar-se a
hosts na rede-alvo. Antes de sair escaneando endereços aleatórios na Internet, procurando por
servidores FTP, considere que os administradores de sistemas podem não apreciar o seu abuso nos
servidores deles.
ESPECIFICAçãO DE PORTAS E ORDEM DE SCAN
Somado a todos os métodos de scan discutidos anteriormente, o Nmap oferece opções para especificar quais
portas são escaneadas e se a ordem de escaneamento é aleatória ou sequencial. Por padrão, o Nmap escaneia
todas as portas até, e incluindo, 1024, bem como portas com numeração alta listadas no arquivo the
nmap-services para o(s) protocolo(s) escaneados.
-p <faixa de portas> (Escaneia apenas as portas especificadas)
Esta opção especifica quais portas que você deseja escanear e prevalece sobre o padrão. Números de
portas individuais são suportadas, bem como as faixas separadas por um hífen (p.ex.: 1-1023). Os
valores iniciais e/ou finais da faixa podem ser omitidos, o que faz com que o Nmap use 1 e 65535,
respectivamente. Portanto, você pode especificar -p- para escanear as portas de 1 até 65535. Escanear
a porta zero é permitido se você especificar explicitamente. Para o escaneamento do protocolo IP
(-sO), esta opção especifica os números dos protocolos que você deseja escanear (0-255).
Quando escanear ambas as portas TCP e UDP, você pode especificar um protocolo em particular,
precedendo os números de portas com T: ou U:. O qualificador dura até que você especifique um novo
qualificador. Por exemplo, o argumento -p U:53,111,137,T:21-25,80,139,8080 escanearia as portas UDP
53, 111 e 137, bem como as portas TCP listadas. Note que para escanear ambas as portas UDP e TCP,
você tem que especificar -sU e pelo menos um tipo de scan TCP (tal como -sS, -sF ou -sT). Se nenhum
qualificador de protocolo for informado, os números de portas serão acrescentados à todas as listas
de protocolos.
-F (Scan Rápido (portas limitadas))
Especifica que você deseja apenas escanear as portas listadas no arquivo nmap-services que vem com o
nmap (ou o arquivo de protocolos para o -sO). Isto é muito mais rápido do que escanear todas as 65535
portas de um host. Pelo fato desta lista conter tantas portas TCP (mais de 1200), a diferença de
velocidade de um scan TCP padrão (cerca de 1650 portas) não é dramática. A diferença pode ser enorme
se você especificar seu próprio minúsculo arquivo nmap-services usando a opção --datadir.
-r (Não usa as portas de forma aleatória)
Por padrão, o Nmap usa a ordem das portas a serem escaneadas de forma aleatória (exceto aquelas
portas normalmente certamente acessíveis que são movidas próximas ao início por motivos de
eficiência). Essa técnica de busca aleatória normalmente é desejável, mas você pode especificar -r
para um escaneamento de portas sequencial.
DETECçãO DE SERVIçO E VERSãO
Aponte o Nmap para uma máquina remota e ele poderá lhe dizer que as portas 25/tcp, 80/tcp e 53/udp estão
abertas. Utilizar o banco de dados nmap-services, com cerca de 2.200 serviços bastante conhecidos, do
Nmap iria relatar que aquelas portas provavelmente correspondem a um servidor de correio eletrônico
(SMTP), a um servidor de páginas web (HTTP) e a um servidor de nomes (DNS) respectivamente. Essa pesquisa
normalmente é precisa -- a grande maioria de daemons escutando na porta TCP 25 é, de fato, de servidores
de correio eletrônico. Entretanto, você não deveria apostar a sua segurança nesta informação! As pessoas
podem e executam serviços em portas estranhas.
Mesmo que o Nmap esteja certo, e o servidor hipotético acima esteja executando os serviços SMTP, HTTP e
DNS, isso não é informação o bastante. Quando fizer uma avaliação de vulnerabilidades (ou mesmo um
simples inventário da rede) de sua empresa ou clientes, você realmente deseja saber qual o
programa-servidor de correio eletrônico ou de nomes e as versões que estão rodando. Ter um número de
versão exato ajuda substancialmente na determinação de quais explorações (exploits) o servidor está
vulnerável. A detecção de versão ajuda a obter esta informação.
Depois que as portas TCP e/ou UDP forem descobertas usando qualquer um dos outros métodos de scan, a
detecção de versão interroga essas portas para determinar mais informações sobre o que realmente está
sendo executado nessas portas. O banco de dados nmap-service-probes do Nmap contém sondagens para
pesquisar diversos serviços e expressões de acerto (match expressions) para reconhecer e destrinchar as
respostas. O Nmap tenta determinar os protocolos de serviços (p.ex.: ftp, ssh, telnet, http), o nome da
aplicação (p.ex.: ISC Bind, Apache httpd, Solaris telnetd), o número da versão, o nome do host, tipo de
dispositivo (p.ex.: impressora, roteador), a família do SO (p.ex.: Windows, Linux) e às vezes detalhes
diversos do tipo, se um servidor X está aberto para conexões, a versão do protocolo SSH ou o nome do
usuário do KaZaA. É claro que a maioria dos serviços não fornece todas essas informações. Se o Nmap foi
compilado com o suporte ao OpenSSL, ele irá se conectar aos servidores SSL para deduzir qual o serviço
que está escutando por trás da camada criptografada. Quando os serviços RPC são descobertos, o "amolador"
de RPC (RPC grinder) do Nmap (-sR) é automaticamente utilizado para determinar o nome do programa RPC e o
número da versão. Algumas portas UDP são deixadas no estado aberta|filtrada depois que scan de porta UDP
não consegue determinar se a porta está aberta ou filtrada. A detecção de versão irá tentar provocar uma
resposta dessas portas (do mesmo jeito que faz com as portas abertas), e alterar o estado para aberta se
conseguir. Portas TCP do tipo aberta|filtrada são tratadas da mesma forma. Note que a opção -A do Nmap
habilita a detecção de versão, entre outras coisas. Um trabalho documentando o funcionamento, uso e
customização da detecção de versão está disponível em https://nmap.org/vscan/.
Quando o Nmap recebe uma resposta de um serviço mas não consegue encontrá-la em seu banco de dados, ele
mostra uma identificação (fingerprint) especial e uma URL para que você envie informações se souber com
certeza o que está rodando nessa porta. Por favor, considere dispor de alguns minutos para mandar essa
informação de forma que sua descoberta possa beneficiar a todos. Graças a esses envios, o Nmap tem cerca
de 3.000 padrões de acerto para mais de 350 protocolos, tais como o smtp, ftp, http, etc.
A detecção de versão é habilitada e controlada com as seguintes opções:
-sV (detecção de versão)
Habilita a detecção de versão, conforme discutido acima. Alternativamente, você pode usar a opção -A
para habilitar tanto a detecção de SO como a detecção de versão.
--allports (Não exclui nenhuma porta da detecção de versão)
Por padrão, a detecção de versão do Nmap pula a porta TCP 9100 por causa de algumas impressoras que
imprimem qualquer coisa que seja enviada para essa porta, levando a dezenas de páginas com
requisições HTTP, requisições de sessões SSL binárias, etc. Esse comportamento pode ser alterado
modificando-se ou removendo a diretiva Exclude no nmap-service-probes, ou você pode especificar
--allports para escanear todas as portas independente de qualquer diretiva Exclude.
--version-intensity <intensidade> (Estabelece a intensidade do scan de versão)
Quando está executando um scan de versão (-sV), o nmap envia uma série de sondagens, cada qual com um
valor atribuído de raridade, entre 1 e 9. As sondagens com números baixos são efetivas contra uma
ampla variedade de serviços comuns, enquanto as com números altos são raramente úteis. O nível de
intensidade especifica quais sondagens devem ser utilizadas. Quando mais alto o número, maiores as
chances de o serviço ser corretamente identificado. Entretanto, scans de alta intensidade levam mais
tempo. A intensidade deve estar entre 0 e 9. O padrão é 7. Quando uma sondagem é registrada na
porta-alvo através da diretiva nmap-service-probes ports, essa sondagem é tentada independentemente
do nível de intensidade. Isso assegura que as sondagens DNS sempre serão tentadas contra qualquer
porta 53 aberta, e a sondagem SSL será realizada contra a 443, etc.
--version-light (Habilita o modo leve (light))
Esse é um apelido conveniente para --version-intensity 2. Esse modo leve torna o escaneamento de
versão muito mais rápido, mas é ligeiramente menos provável que identifique os serviços.
--version-all (Tenta simplesmente todas as sondagens)
Um apelido para --version-intensity 9, assegurando que todas as sondagens sejam tentadas contra cada
porta.
--version-trace (Monitora as atividades do scan de versão)
Isto faz com que o Nmap mostre informações de depuração extensivas sobre o que o escaneamento de
versão está fazendo. É um sub-conjunto do que você obteria com --packet-trace.
-sR (Scan RPC)
Este método trabalha em conjunto com os vários métodos de escaneamento de portas do Nmap. Ele pega
todas as portas TCP/UDP descobertas no estado aberta e inunda-as com comandos NULL do programa
SunRPC, em uma tentativa de determinar se elas são portas RPC e, se forem, quais programas e números
de versão elas mostram. Dessa forma você pode obter efetivamente a mesma informação que o rpcinfo -p
mesmo se o portmapper do alvo estiver atrás de um firewall (ou protegido por TCP wrappers).
Chamarizes não funcionam ainda com o scan RPC. Isso é habilitado automaticamente como parte do scan
de versão (-sV) se você o solicitar. Como a detecção de versão inclui isso e é muito mais abrangente,
o -sR raramente é necessário.
DETECçãO DE SO
Uma das características mais conhecidas do Nmap é a detecção remota de SO utilizando a identificação da
pilha (stack fingerprinting) do TCP/IP. O Nmap envia uma série de pacotes TCP e UDP ao host remoto e
examina praticamente todos os bits das respostas. Após executar dezenas de testes como a amostragem TCP
ISN, suporte e ordenamento das opções do TCP, amostragem IPID e a checagem do tamanho inicial da janela,
o Nmap compara os resultados com o banco de dados nmap-os-fingerprints com mais de 1500 identificações de
SO conhecidas e mostra os detalhes do SO se houver uma correspondência. Cada identificação inclui uma
descrição textual livre do SO e uma classificação que fornece o nome do fabricante (p.ex.: Sun), SO base
(p.ex.: Solaris), geração do SO (p.ex.: 10) e tipo de dispositivo (genérico, roteador, switch, console de
jogo, etc.).
Se o Nmap não conseguir identificar o SO da máquina, e as condições forem favoráveis (p.ex.: pelo menos
uma porta aberta e uma porta fechada foram encontradas), o Nmap irá fornecer uma URL onde você poderá
enviar a identificação se souber (com certeza) o SO em execução na máquina. Fazendo isso, você contribui
para a gama de sistemas operacionais conhecidos pelo Nmap e, com isso, ele será mais preciso para todos.
A detecção de SO habilita diversos outros testes que usam as informações coletadas durante o processo. Um
deles é a medição de uptime, que utiliza a opção timestamp do TCP (RFC 1323) para supor quando uma
máquina foi reiniciada pela última vez. Isso apenas é mostrado para as máquinas que fornecem essa
informação. Outro é a Classificação de Previsibilidade da Seqüencia do TCP. Ele mede aproximadamente o
grau de dificuldade de se estabelecer uma conexão TCP forjada contra um host remoto. É útil para se
explorar relações de confiança baseadas no IP de origem (rlogin, filtros de firewall, etc.) ou para
ocultar a origem de um ataque. Esse tipo de enganação (spoofing) raramente é executada hoje em dia, mas
muitas máquinas ainda estão vulneráveis a ele. O número de dificuldade real é baseado em amostragens
estatísticas e pode variar. Normalmente é melhor usar a classificação em inglês, do tipo “worthy
challenge” (um desafio que vale a pena) ou “trivial joke” (uma piada, muito fácil). Isso só é mostrado na
saída normal do modo verbose (-v). Quando o modo verbose é habilitado juntamente com o -O, a Geração de
Seqüencia IPID também é mostrada. A maioria das máquinas é classificada como “incremental” , o que
significa que elas incrementam o campo ID no cabeçalho IP para cada pacote que envia. Isso torna-as
vulnerável a diversos ataques avançados de levantamento e forjamento de informações.
Um trabalho documentando o funcionamento, utilização e customização da detecção de SO está disponível em
mais de uma dezena de línguas em https://nmap.org/osdetect/.
A detecção de SO é habilitada e controlada com as seguintes opções:
-O (Habilita a detecção de SO)
Habilita a deteção de SO, como discutido acima. Alternativamente, você pode usar -A para habilitar
tanto a detecção de SO quanto a detecção de versão.
--osscan-limit (Limitar a detecção de SO a alvos promissores)
A detecção de SO é bem mais eficiente se ao menos uma porta TCP aberta e uma fechada for encontrada.
Escolha esta opção e o Nmap não irá nem tentar a detecção de SO contra hosts que não correspondam a
este critério. Isso pode economizar um tempo considerável, particularmente em scans -P0 contra muitos
hosts. Isso só importa quando a detecção de SO é solicitada através de -O ou -A.
--osscan-guess; --fuzzy (Resultados de tentativas de detecção de SO)
Quano o Nmap não é capaz de detectar uma correspondência exata de SO, às vezes ele oferece
possibilidades aproximada. A correspondência tem que ser muito próxima para o Nmap fazer isso por
padrão. Qualquer uma dessas opções (equivalentes) tornam as tentativas do Nmap mais agressivas. O
Nmap ainda assim irá dizer quando uma correspondência imperfeita é mostrada e o nível de confiança
(porcentagem) de cada suposição.
TEMPORIZAçãO (TIMING) E DESEMPENHO
Uma das minhas prioridades mais altas no desenvolvimento do Nmap tem sido o desempenho. Um scan padrão
(nmap hostname) de um host em minha rede local leva apenas um quinto de segundo. Isso mal dá tempo de
piscar o olho, mas esse tempo aumenta conforme você está escaneando dezenas ou centenas de milhares de
hosts. Além disso, certos tipos de scan, como o escaneamento UDP ou a detecção de versão, aumentam o
tempo de escaneamento substancialmente. Da mesma forma algumas configurações de firewall fazem o mesmo,
particularmente quando limitam a taxa de resposta. Embora o Nmap se utilize de paralelismo e muitos
outros algoritmos avançados para acelerar esses scans, o usuário tem o controle final sobre como o Nmap
executa. Usuários avançados elaboram comandos do Nmap cuidadosamente para obter apenas as informações que
importam, sempre se preocupando com as restrições de tempo.
Técnicas para melhorar os tempos de scan incluem omitir testes não-críticos e atualizar até a versão mais
recente do Nmap (melhorias de desempenho são feitas freqüentemente). Otimizar os parâmetros de tempo
também podem fazer uma grande diferença. Essas opções estão listadas abaixo.
Algumas opções aceitam um parâmetro de tempo. É especificado em milissegundos por padrão, embora você
possa acrescentar ‘s’, ‘m’ ou ‘h’ ao valor para especificar segundos, minutos ou horas. Dessa forma, os
argumentos --host-timeout arguments 900000, 900s e 15m fazem a mesma coisa.
--min-hostgroup <númerodehosts>; --max-hostgroup <númerodehosts> (Ajuste dos tamanhos dos grupos de scan
paralelos)
O Nmap tem a habilidade de fazer um scan de portas ou de versões em múltiplos hosts em paralelo. O
Nmap faz isso dividindo a faixa de endereços IP-alvo em grupos, e então escaneando um grupo de cada
vez. No geral, grupos maiores são mais eficientes. A contrapartida é que os resultados dos hosts não
pode ser fornecido até que o grupo inteiro tenha terminado. Portanto, se o Nmap começou com um
tamanho de grupo igual a 50, o usuário não receberia nenhum relatório (exceto pelas atualizações
mostradas no modo verbose) até que os primeiros 50 hosts tivessem completado.
Por padrão, o Nmap assume um compromisso para resolver esse conflito. Ele começa com um tamanho de
grupo pequeno, igual a cinco, para que os primeiros resultados venham rápido, e então aumenta o
tamanho até que chegue em 1024. O número padrão exato depende das opções fornecidas. Por questões de
eficiência, o Nmap usa tamanhos de grupo maiores para o UDP ou para scans TCP com poucas portas.
Quando o tamanho de grupo máximo é especificado com --max-hostgroup, o Nmap nunca irá exceder esse
tamanho. Especifique um tamanho mínimo com --min-hostgroup e o Nmap irá tentar manter o tamanho dos
grupos acima desse nível. O Nmap pode ter que usar tamanhos menores do que você especificou, se não
houverem hosts-alvo suficientes restantes em uma dada interface, para completar o mínimo
especificado. Ambos podem ser configurados para manter o tamanho do grupo dentro de uma faixa
específica, embora isso raramente seja desejado.
O uso primário destas opções é especificar um tamanho de grupo mínimo grande de forma que o scan
completo rode mais rapidamente. Uma escolha comum é 256 para escanear uma rede em blocos de tamanho
Classe C. Para um scan com muitas portas, exceder esse número não irá ajudar muito. Para scans com
poucos números de portas, um tamanho de grupo de hosts de 2048 ou mais pode ser útil.
--min-parallelism <numprobes>; --max-parallelism <numprobes> (Ajuste da paralelização das sondagens)
Estas opções controlam o número total de sondagens que podem estar pendentes para um grupo de hosts.
Elas são usadas para o escaneamento de portas e para a descoberta de hosts. Por padrão, o Nmap
calcula um paralelismo ideal e constantemente atualizado baseado no desempenho da rede. Se os pacotes
estiverem sendo descartados, o Nmap reduz o ritmo e libera menos sondagens pendentes. O número de
sondagens ideal aumenta vagarosamente conforme a rede se mostre mais confiável. Estas opções
estabelecem limites mínimo e máximo nessa variável. Por padrão, o paralelismo ideal pode cair até 1
se a rede se mostrar não-confiável e subir até diversas centenas em condições perfeitas.
O uso mais comum é estabelecer --min-parallelism em um número maior que 1 para melhorar a velocidade
dos scans de hosts ou redes com desempenho ruim. Esta é uma opção arriscada para se ficar brincando
pois configurar um valor alto demais pode afetar a precisão. Configurar isso também reduz a
habilidade do Nmap de controlar o paralelismo dinamicamente baseado nas condições da rede. Um valor
igual a dez pode ser razoável, embora eu só ajuste esse valor como última alternativa.
A opção --max-parallelism às vezes é configurada para evitar que o Nmap envie aos hosts mais do que
uma sondagem por vez. Isso pode ser útil em conjunto com --scan-delay (discutido mais tarde), embora
esta última normalmente sirva bem ao propósito por si só.
--min-rtt_timeout <tempo>, --max-rtt-timeout <tempo>, --initial-rtt-timeout <tempo> (Ajuste de tempo de
expiração (timeouts) das sondagens)
O Nmap mantém um valor de tempo de expiração (timeout) de execução para determinar quanto tempo ele
deve esperar por uma resposta de uma sondagem antes de desistir ou retransmitir essa sondagem. Isso é
calculado com base nos tempos de resposta de sondagens anteriores. Se a latência da rede se mostrar
significativa e variável, esse tempo de expiração pode subir para diversos segundos. Ele também
começa com um nível conservador (alto) e pode ficar desse jeito por um tempo, enquanto o Nmap
escaneia hosts não-responsivos.
Especificar valores --max-rtt-timeout e --initial-rtt-timeout mais baixos que o padrão pode reduzir o
tempo de scan significativamente. Isso é particularmente verdadeiro para scans sem ping (-P0), e para
aqueles contra redes bastante filtradas. Mas não se torne muito agressivo. O scan pode acabar levando
mais tempo se você especificar um valor tão baixo que muitas sondagens irão expirar o tempo e serem
retransmitidas enquanto a resposta ainda está em trânsito.
Se todos os hosts estão em uma rede local, 100 milissegundos é um valor de --max-rtt-timeout
razoavelmente agressivo. Se houver roteamento envolvido, faça um ping de um host da rede primeiro com
o utilitário ICMP ping, ou com um formatador de pacotes customizados como o hping2, que pode passar
por um firewall mais facilmente. Descubra o tempo máximo de round trip em dez pacotes, mais ou menos.
Coloque o dobro desse valor em --initial-rtt-timeout e o triplo ou quádruplo para o
--max-rtt-timeout. Normalmente eu não configuro o rtt máximo abaixo de 100ms, não importa quais os
tempos de ping. Eu também não excedo o valor 1000ms.
--min-rtt-timeout é uma opção raramente utilizada que poderia ser útil quando uma rede é tão
não-confiável que mesmo o padrão do Nmap é muito agressivo. Considerando que o Nmap apenas reduz o
tempo de expiração para um valor mínimo quando a rede parece ser confiável, esta necessidade não é
comum e deveria ser reportada à lista de discussão nmap-dev como um bug.
--max-retries <númerodetentativas> (Especifica o número máximo de retransmissões de sondagens de scan de
portas)
Quando o Nmap não recebe nenhuma resposta a uma sondagem de escaneamento de portas, isso pode
significar que a porta está filtrada. Ou talvez a sondagem ou a resposta simplesmente se perdeu na
rede. Também é possível que o host-alvo tenha habilitado uma limitação de tráfego que tenha bloqueado
temporariamente a resposta. Então o Nmap tenta novamente retransmitindo a sondagem inicial. Se o Nmap
perceber que a confiabilidade da rede está baixa, ele poderá tentar muitas vezes ainda, antes de
desistir de uma porta. Embora isso beneficie a exatidão, isso também aumenta o tempo de escaneamento.
Quando o desempenho é crítico, os escaneamentos podem ser acelerados através da limitação do número
de retransmissões permitidas. Você pode até especificar --max-retries 0 para evitar qualquer
retransmissão, embora isto seja raramente recomendado.
O normal (sem nenhum padrão -T) é permitir dez retransmissões. Se a rede aparentar ser confiável e os
hosts-alvo não estiverem limitando o tráfego, o Nmap normalmente fará apenas uma retransmissão.
Portanto, a maioria dos escaneamentos de alvos não serão sequer afetados com a redução do
--max-retries para um valor baixo, como por exemplo três. Tais valores podem acelerar
significativamente o escaneamento de hosts lentos (com limitação de tráfego). Você normalmente perde
alguma informação quando o Nmap desiste das portas rapidamente, embora isso seja preferível a
permitir que o --host-timeout expire e você perca todas as informações sobre o alvo.
--host-timeout <tempo> (Desiste de hosts-alvo lentos)
Alguns hosts simplesmente levam tempo demais para serem escaneados. Isso pode ser causado por um
hardware ou software de rede com fraco desempenho ou pouco confiável, limitação na taxa dos pacotes
ou por um firewall restritivo. Os poucos hosts mais lentos de todos os hosts escaneados podem acabar
sendo responsáveis pela maior parte do tempo total gasto com o scan. Às vezes é melhor cortar fora o
prejuízo e pular esses hosts logo no início. Especifique a opção --host-timeout com o valor máximo de
tempo que você tolera esperar. Eu normalmente especifico 30m para ter certeza de que o Nmap não gaste
mais do que meia hora em um único host. Note que o Nmap pode estar escaneando outros hosts ao mesmo
tempo em que essa meia hora desse único host está correndo, então não é uma perda de tempo total. Um
host que expira o tempo é pulado. Nenhum resultado de tabela de portas, detecção de SO ou detecção de
versão é mostrado para esse host.
--scan-delay <tempo>; --max-scan-delay <tempo> (Ajusta o atraso entre sondagens)
Esta opção faz com que o Nmap aguarde um tempo determinado entre cada sondagem enviada a um dado
host. Isto é particularmente útil no caso de limitação de taxas de transferência. Máquinas Solaris
(entre muitas outras) irão normalmente responder à pacotes de sondagens de scans UDP com apenas uma
mensagem ICMP por segundo. Qualquer número maior que isso, enviado pelo Nmap, será um desperdício. Um
--scan-delay de 1s irá manter uma taxa de transferência baixa. O Nmap tenta detectar a limitação de
taxa e ajusta o atraso no scan de acordo, mas não dói especificar explicitamente se você já sabe qual
a taxa que funciona melhor.
Quando o Nmap ajusta o atraso no scan aumentando para tentar igualar com a limitação na taxa de
transferência, o scan fica consideravelmente mais lento. A opção --max-scan-delay especifica o maior
atraso que o Nmap irá permitir. Estabelecer um valor muito baixo pode levar à uma retransmissão de
pacotes inútil e à possíveis portas perdidas, quando o alvo utiliza limitação rígida de taxa de
transferência.
Outro uso do --scan-delay é para evitar os sistemas de prevenção e detecção de intrusão (IDS/IPS)
baseados em limites.
--defeat-rst-ratelimit
Muitos hosts usam há bastante tempo a limitação de taxa de transferência para reduzir o número de
mensagens de erro ICMP (tais como os erros de porta-inalcançavel) enviados. Alguns sistemas agora
aplicam limitações de taxa similares aos pacotes RST (reset) que eles geram. Isso pode tornar o Nmap
consideravelmente mais lento pois o obriga a ajustar seu tempo de forma a refletir essas limitações
de taxa. Você pode dizer ao Nmap para ignorar essas limitações de taxa (para scans de porta como o
Scan SYN que não trata portas que não respondem como abertas) especificando --defeat-rst-ratelimit.
Utilizar esta opção pode reduzir a precisão, pois algumas portas irão aparecer como não-respondendo
porque o Nmap não esperou tempo suficiente para uma resposta RST com taxa limitada. No caso de um
scan SYN, o "não-respondendo" resulta na porta sendo rotulada como filtrada ao invés de no estado
fechada que vemos quando os pacotes RST são recebidos. Esta opção é útil quando você se importa
apenas com as portas abertas e distinguir entre portasfechadas e filtradas não vale o tempo extra.
-T <Paranoid|Sneaky|Polite|Normal|Aggressive|Insane> (Estabelece um padrão de temporização)
Embora os controles de temporização de ajuste fino discutidos nas seções anteriores sejam poderosos e
efetivos, algumas pessoas os consideram confusos. Ainda mais, escolher os valores apropriados pode,
às vezes, tomar mais tempo do que o próprio scan que você está tentando otimizar. Por isso, o Nmap
oferece uma aproximação mais simples, com seis padrões de temporização. Você pode especificá-los com
a opção -T e os números (0 - 5) ou os nomes. Os nomes de padrões são paranóico (paranoid, 0), furtivo
(sneaky, 1), educado (polite, 2), normal (3), agressivo (agressive, 4) e insano (insane, 5). Os dois
primeiros são para evitar um IDS. O modo educado (ou polido), diminui o ritmo de escaneamento para
usar menos banda e recursos da máquina alvo. O modo normal é o padrão e, portanto, -T3 não faz nada.
O modo agressivo acelera os scans assumindo que você está em uma rede razoavelmente rápida e
confiável. Finalmente, o modo insano assume que você está em uma rede extraordinariamente rápida ou
está disposto a sacrificar alguma precisão pela velocidade.
Esses padrões permitem que o usuário especifique o quão agressivo desejam ser, ao mesmo tempo que
deixam o Nmap escolher os valores de temporização exatos. Os padrões também fazem ajustes pequenos na
velocidade onde ainda não existem opções para controle de ajuste fino. Por exemplo, -T4 proibe que o
atraso dinâmico de escaneamento exceda 10ms para portas TCP e -T5 corta esse valor para 5
milissegundos. Padrões podem ser utilizados em conjunto com controles de ajuste fino e esses
controles que você especificar irão ter precedência sobre o padrão de temporização do parâmetro. Eu
recomendo usar -T4 quando escanear redes razoavelmente modernas e confiáveis. Mantenha essa opção
mesmo que você adicione controles de ajuste fino, de forma que você possa se beneficiar com as
pequenas otimizações extras que ela habilita.
Se você tiver uma conexão ethernet ou de banda-larga decente, eu recomendaria sempre utilizar -T4.
Algumas pessoas adoram o -T5 embora seja agressivo demais para o meu gosto. As pessoas às vezes
especificam -T2 porque acham que diminui a probabilidade de travar os hosts ou porque elas se
consideram educadas no geral. Normalmente elas não percebem o quão lento o -T Polite realmente é.
Esses scans podem levar dez vezes mais tempo que um scan padrão. Travamento de máquinas e problemas
com a banda são raros com as opções de temporização padrão (-T3) e, portanto, eu normalmente as
recomendo para escaneadores precavidos. Omitir a detecção de versão é bem mais eficaz do que ficar
brincando com os valores de temporização para reduzir esses problemas.
Embora o -T0 e o -T1 possam ser usados para evitar alertas no IDS, eles irão leva muito mais tempo
para escanear milhares de máquinas ou portas. Para um scan tão amplo, prefira estabelecer os valores
exatos de temporização que você precisa ao invés de depender dos valores "engessados" de -T0 e -T1.
O principal efeito de T0 é serializar o scan de forma que apenas uma porta é escaneada por vez, e
então, aguardar cinco minutos entre o envio de cada sondagem. T1 e T2 são similares mas aguardam
apenas 15 segundos e 0,4 segundos, respectivamente, entre as sondagens. T3 é o comportamento padrão
do Nmap, que inclui o paralelismo. T4 faz o mesmo que --max-rtt-timeout 1250 --initial-rtt-timeout
500 --max-retries 6 e estabelece o atraso máximo de scan TCP em 10 milissegundos. T5 faz o mesmo que
--max-rtt-timeout 300 --min-rtt-timeout 50 --initial-rtt-timeout 250 --max-retries 2 --host-timeout
15m e estabelece o atraso máximo de scan TCP em 5ms.
EVITANDO E ENGANANDO O FIREWALL/IDS
Muitos pioneiros da Internet vislumbraram uma rede mundial aberta com um espaço de endereçamento IP
universal que permitisse conexões virtuais entre quaisquer dois nós. Isso permite que os hosts atuem como
verdadeiros semelhantes, servindo e obtendo informações uns dos outros. As pessoas poderiam acessar seus
computadores domésticos do trabalho, mudando os ajustes do controle de climatização ou abrindo as portas
para convidados. Essa visão de conectividade universal foi sufocada pela falta de espaço de endereçamento
e preocupações com a segurança. No início dos anos 1990, as empresas começaram a instalar firewalls para
o propósito claro de reduzir a conectividade. Rede enormes foram isoladas da Internet-sem-fronteiras por
proxies de aplicativos, tradução de endereçamento de rede (network address translation) e filtros de
pacotes. O fluxo irrestrito de informações deu a vez à regulamentação acirrada de canais de comunicação
autorizados e ao conteúdo que neles trafegam.
As obstruções de rede, como o firewall, podem tornar o mapeamente de uma rede extremamente difícil. E
isso não vai se tornar mais fácil, pois sufocar as sondagens casuais é, freqüentemente, o objetivo
principal de se instalar esses dispositivos. Apesar disso, o Nmap oferece muitas ferramentas para ajudar
a entender essas redes complexas, e para verificar que os filtros estão funcionando como esperado. Ele
até suporta mecanismos para passar por cima de defesas mal implementadas. Um dos melhores métodos para se
entender a postura de segurança de uma rede é tentar derrubá-la. Pense com a mente de uma pessoa que quer
atacá-lo, e aplique técnicas desta seção contra a sua rede. Lance um scan FTP bounce, um scan idle, um
ataque de fragmentação ou tente "tunelar" (criar um túnel) através de um de seus próprios proxies.
Além de restringir a atividade de rede, as empresas estão monitorando o tráfego cada vez mais, com
sistemas de detecção de intrusão (IDS). Todos os principais IDS vêm com regras designadas para detectar
escaneamentos feitos com o Nmap porque os scans são, às vezes, precursores de ataques. Muitos desses
produtos foram recentemente metamorfoseados em sistemas de prevenção de intrusão (IPS) que bloqueiam o
tráfego considerado malicioso de forma ativa. Infelizmente, para administradores de rede e vendedores de
IDS, detectar confiavelmente as más intenções através da análise de dados de pacotes é um problema
difícil. Atacantes com paciência, habilidade e a ajuda de certas opções do Nmap podem normalmente passar
por um IDS sem serem detectados. Enquanto isso, os administradores devem lidar com um alto número de
resultados do tipo falso-positivo, onde atividades inocentes são diagnosticadas erroneamente e recebem
alertas ou são bloqueadas.
De vez em quando, as pessoas sugerem que o Nmap não deveria oferecer opções que permitam evitar as regras
de firewalls ou passar desapercebidos por IDSs. Elas argumentam que essas características são tão
sujeitas à má-utilização por atacantes quanto são utilizadas por administradores para aumentar a
segurança. O problema com esta lógica é que esses métodos ainda assim seriam utilizados pelos atacantes,
que encontrariam outras ferramentas ou então acrescentariam essa funcionalidade no Nmap. Enquanto isso,
os administradores achariam muito mais difícil executar suas tarefas. Instalar apenas servidores FTP
modernos e corrigidos é uma defesa muito melhor do que tentar evitar a distribuição de ferramentas que
implementem o ataque FTP bounce.
Não existe uma carta mágica (ou opção do Nmap) para detectar e subverter firewalls e sistemas IDS. É
necessário habilidade e experiência. Um tutorial está além do escopo deste guia de referência, que apenas
lista as opções relevantes e descreve suas funções.
-f (fragmenta os pacotes); --mtu (usando a MTU especificada)
A opção -f faz com que o scan solicitado (incluindo scans usando ping) utilize pequenos pacotes IP
fragmentados. A idéia é dividir o cabeçalho TCP em diversos pacotes para tornar mais difícil para os
filtros de pacotes, os sistemas de detecção de intrusão, e outros aborrecimentos, detectar o que você
está fazendo. Tenha cuidado com isto! Alguns programas tem problemas para lidar com estes pequenos
pacotes. O sniffer da velha-guarda chamado Sniffit sofria uma falha de segmentação assim que recebia
o primeiro fragmento. Especifique esta opção uma vez e o Nmap dividirá os pacotes em 8 bytes ou menos
após o cabeçalho IP. Portanto, um cabeçalho TCP de 20 bytes seria dividido em 3 pacotes. Dois com
oito bytes do cabeçalho TCP e um com os quatro restantes. É claro que cada fragmento também tem um
cabeçalho IP. Especifique -f novamente para usar 16 bytes por fragmento (reduzindo o número de
fragmentos). Ou então, você pode especificar o seu próprio tamanho de quebra com a opção --mtu. Não
especifique também o -f se você usar o --mtu. A quebra deve ser um múltiplo de 8. Embora os pacotes
fragmentados não passem por filtros de pacotes e firewalls que enfilerem todos os fragmentos IP, tal
como a opção CONFIG_IP_ALWAYS_DEFRAG do kernel do Linux faz, algumas redes não aguentam o impacto no
desempenho que isso causa, deixando a opção desabilitada. Outros não conseguem habilitar isso porque
os fragmentos podem seguir por rotas diferentes na rede. Alguns sistemas de origem desfragmentam
pacotes de saída no kernel. O Linux e o módulo de reastreamento de conexão do iptables é um exemplo
desse tipo. Faça um scan enquanto executa um sniffer como o Ethereal para ter a certeza de que
pacotes enviados estão fragmentados. Se o SO do seu host estiver causando problemas, tente a opção
--send-eth para passar por cima da camada IP e enviar frames ethernet em estado bruto.
-D <chamariz1 [,chamariz2][,ME],...> (Disfarça um scan usando chamarizes)
Faz com que um scan com chamarizes seja executado, o que parece ao host remoto que, o(s) host(s) que
você especificou como chamarizes também estejam escaneando a rede-alvo. Com isso, o IDS poderá
reportar 5 a 10 scans de portas de endereços IP únicos, mas não saberá qual IP estava realmente
escaneando e qual era um chamariz inocente. Embora isso possa ser desvendado através de rastreamento
de caminho de roteador, descarte de respostas (response-dropping) e outros mecanismos ativos,
normalmente é uma técnica eficaz para esconder o seu endereço IP.
Separe cada host-chamariz com vírgulas, e você pode opcionalmente usar ME como um dos chamarizes para
representar a posição do seu endereço IP real. Se você colocar ME na 6a. posição ou acima, alguns
detectores de scan de portas comuns (como o excelente scanlogd da Solar Designer) pouco provavelmente
irão mostrar o seu endereço IP. Se você não utilizar o ME, o nmap irá colocá-lo em uma posição
aleatória.
Observe que os hosts que você utilizar como chamarizes devem estar ativos ou você poderá,
acidentamente, inundar com SYN os seus alvos. Também será bastante fácil determinar qual é o host que
está escaneando se houver apenas um host realmente ativo na rede. Você pode preferir usar endereços
IP ao invés de nomes (de forma que as redes chamarizes não vejam você em seus logs dos servidores de
nomes).
Chamarizes são utilizados tanto no scan com ping inicial (usando ICMP, SYN, ACK ou qualquer outro),
como também durante a fase real de escaneamento de portas. Chamarizes também são usados durante a
detecção de SO remoto (-O). Chamarizes não funcionam com a detecção de versão ou com o scan TCP
connect.
Vale a pena observar que usar chamarizes demais pode deixar seu scan lento e potencialmente até
torná-lo menos preciso. Outra coisa, alguns provedores de internet (ISP) irão filtrar os seus pacotes
disfarçados, mas muitos não restringem pacotes IP disfarçados.
-S <Endereço_IP> (Disfarça o endereço de origem)
Em algumas circunstâncias, o Nmap pode não conseguir determinar o seu endereço de origem (o Nmap irá
dizer se for esse o caso). Nesta situação, use o -S com o endereço IP da interface que você deseja
utilizar para enviar os pacotes.
Outro uso possível para esta flag é para disfarçar o scan e fazer com que os alvos achem que alguma
outra pessoa está escaneando-as. Imagine uma empresa que está constantemente sofrendo scan de portas
de um concorrente! A opção -e normalmente seria requerida para este tipo de uso e -P0 seria
recomendável.
-e <interface> (Usa a interface especificada)
Diz ao Nmap qual interface deve ser utilizada para enviar e receber pacotes. O Nmap deveria ser capaz
de detectar isto automaticamente, mas ele informará se não conseguir.
--source-port <númerodaporta>; -g <númerodaporta> (Disfarça o número de porta de origem)
Um erro de configuração surpreendentemente comum é confiar no tráfego com base apenas no número da
porta de origem. É fácil entender como isso acontece. Um administrador configura um firewall novinho
em folha, só para ser inundado com queixas de usuários ingratos cujas aplicações param de funcionar.
Em particular, o DNS pode parar de funcionar porque as respostas DNS UDP de servidores externos não
conseguem mais entrar na rede. O FTP é outro exemplo comum. Em tranferências FTP ativas, o servidor
remoto tenta estabelecer uma conexão de volta com o cliente para poder transferir o arquivo
solicitado.
Soluções seguras para esses problemas existem, freqüentemente na forma de proxies no nível da
aplicação ou módulos de firewall para análise de protocolo. Infelizmente também há soluções mais
fáceis e inseguras. Observando que as respostas DNS chegam pela porta 53 e o FTP ativo pela porta 20,
muitos administradores caem na armadilha de apenas permitir tráfego vindo dessas portas. Eles
normalmente assumem que nenhum atacante irá notar e explorar essas brechas no firewall. Em outros
casos, os administradores consideram isso uma medida provisória de curto prazo até que eles possam
implementar uma solução mais segura. Então, eles normalmente se esquecem de fazer as atualizações de
segurança.
Administradores de rede sobrecarregados não são os únicos a caírem nessa armadilha. Diversos produtos
foram empacotados com essas regras inseguras. Mesmo a Microsoft é culpada. Os filtros IPsec que
vieram com o Windows 2000 e com o Windows XP contém uma regra implícita que permite todo o tráfego
TCP ou UDP da porta 88 (Kerberos). Em outro caso bastante conhecido, versões do firewall pessoal Zone
Alarm, até a versão 2.1.25, permitiam qualquer pacote UDP entrante com a porta de origem 53 (DNS) ou
67 (DHCP).
O Nmap oferece as opções -g e --source-port (elas são equivalentes) para explorar essas fraquezas.
Apenas forneça um número de porta e o Nmap irá enviar pacotes dessa porta onde for possível. O Nmap
utiliza números de porta diferentes para que certos testes de detecção de SO funcionem direito, e as
requisições DNS ignoram a flag --source-port porque o Nmap confia nas bibliotecas de sistema para
lidar com isso. A maioria dos scans TCP, incluindo o scan SYN, suportam a opção completamente, assim
como o scan UDP.
--data-length <número> (Acrescenta dados aleatórios nos pacotes enviados)
Normalmente o Nmap envia pacotes minimalistas contendo apenas o cabeçalho. Dessa forma os pacotes TCP
têm normalmente 40 bytes e os echo requests ICMP tem só 28. Esta opção faz com que o Nmap acrescente
o número informado de bytes aleatórios na maioria dos pacotes que envia. Os pacotes de detecção de SO
(-O) não são afetados, pois a precisão exige consistência das sondagens, mas a maioria dos pacotes de
ping e scan de portas funcionam assim. Isso atrasa um pouco as coisas, mas pode tornar um scan
ligeiramente menos chamativo.
--ttl <valor> (Establece o valor do campo time-to-live)
Estabelece que o campo tempo-de-vida (time-to-live) dos pacotes enviados terá o valor informado.
--randomize-hosts (Torna aleatória a ordem dos hosts-alvo)
Informa ao Nmap que ele deve embaralhar cada grupo de, no máximo, 8096 hosts antes de escaneá-los.
Isso torna os scans menos óbvios a vários sistemas de monitoramento de rede, especialmente quando
você combina isso com as opções de temporização lentas. Se você deseja fazer isso em grupos maiores,
aumente o PING_GROUP_SZ no nmap.h e recompile. Uma solução alternativa é gerar uma lista de endereços
IP-alvos com um scan de lista (-sL -n -oN nomedoarquivo), embaralhar a lista com um script Perl e
então fornecer a lista completa para o Nmap com -iL.
--spoof-mac <endereço mac, prefixo, ou nome do fabricante> (Disfarça o endereço MAC)
Solicita ao Nmap que utilize o endereço MAC informado para todos os frames ethernet em estado bruto
(raw) que ele enviar. Esta opção implica em --send-eth para assegurar que o Nmap realmente envie
pacotes no nível ethernet. O MAC fornecido pode assumir diversos formatos. Se for apenas a string
“0”, o Nmap irá escolher um MAC completamente aleatório para a sessão. Se a string informada for um
número par de dígitos hexa (com os pares opcionalmente separados por dois pontos), o Nmap irá usa-la
como o MAC. Se menos do que 12 dígitos hexa forem informados, o Nmap preenche o restante dos 6 bytes
com valores aleatórios. Se o argumento não for um 0 ou uma string hexa, o Nmap irá procurar no
nmap-mac-prefixes para encontrar o nome de um fabricante contendo a string informada (não é sensível
a maiúsculas ou minúsculas). Se encontrar, o Nmap usa o OUI (prefixo de 3 bytes) do fabricante e
preenche os 3 bytes restantes aleatoriamente. Exemplos de argumentos --spoof-mac válidos são Apple,
0, 01:02:03:04:05:06, deadbeefcafe, 0020F2 e Cisco.
--badsum (Send packets with bogus TCP/UDP checksums)
Solicita ao Nmap que utilize uma soma de verificação (checksum) TCP ou UDP inválida para os pacotes
enviados aos hosts. Uma vez que virtualmente todos as pilhas (stack) IP do host irão rejeitar esses
pacotes, quaisquer respostas recebidas são provavelmente vindas de um firewall ou IDS que nem se
incomodou em verificar a soma de verificação. Para mais detalhes desta técnica, veja
https://nmap.org/p60-12.txt
SAíDA (OUTPUT)
Qualquer ferramenta de segurança só é útil se a saída que ela gera também o for. Testes e algoritmos
complexos são de pouco valor se não forem apresentados de uma forma organizada e compreensível. Dado o
número de formas que o Nmap é utilizado pelas pessoas e por outros softwares, nenhum formato irá agradar
a todos. Então o Nmap oferece diversos formatos, incluindo o modo interativo para humanos lerem
diretamente e o XML para fácil interpretação por um software.
Além de oferecer diversos formatos de saída, o Nmap fornece opções para controlar a verbosidade da saída,
bem como das mensagens de depuração. Os tipos de saída podem ser enviados para a saída padrão (standard
output) ou para arquivos, o qual o Nmap pode acrescentar ou então sobrescrever. Arquivos de saída também
podem ser utilizados para se retomar scans abortados.
O Nmap torna a saída disponível em cinco formatos diferentes. O padrão é chamado de saída interativa
(interactive output), e é enviada para a saída padrão (stdout). Há também a saída normal (normal output),
que é similar à interativa exceto pelo fato de mostrar menos informações e alertas sobre a execução uma
vez que se espera que seja feita uma análise somente após o scan completar, ao invés de interativamente.
A saída XML é um dos tipos de saída mais importantes pois permite a conversão para HTML, é facilmente
analisada por programas como a interface gráfica do Nmap, ou pode ser importada em banco de dados.
Os dois tipos restantes de saída são a simples saída para o grep (grepable output) que inclui a maioria
das informações de um host-alvo em uma única linha e a s4íd4 sCRiPt KiDDi3 (sCRiPt KiDDi3 0utPUt) para
usuários que se consideram 1r4d0z (|<-r4d).
Embora a saída interativa seja a padrão e não tenha associada nenhuma opção de linha de comando, as
outras quatro opções de formato utilizam a mesma sintaxe. Elas recebem um argumento, que é o nome do
arquivo onde os resultados devem ser armazenados. Formatos múltiplos podem ser especificados, mas cada
formato só pode ser especificado uma vez. Por exemplo, você pode querer armazenar a saída normal para seu
uso enquanto grava a saída XML do mesmo scan para análise utilizando programas. Você pode fazer isso com
as opções -oX myscan.xml -oN myscan.nmap. Embora este capítulo use nomes simples como myscan.xml por uma
questão de brevidade, nomes mais descritivos normalmente são recomendados. Os nomes escolhidos são uma
questão de preferência pessoal, embora eu use nomes longos que incorporam a data do scan e uma palavra ou
duas que descrevam o scan, colocados em um diretório com o nome da empresa que eu estou escaneando.
Mesmo que essas opções gravem os resultados em arquivos, o Nmap ainda assim mostra a saída interativa na
stdout como de costume. Por exemplo, o comando nmap -oX myscan.xml target grava em XML no myscan.xml e
enche a saída padrão com os mesmos resultados interativos que teria mostrado se a opção -oX não tivesse
sido especificada. Você pode mudar isso passando um caracter hífen como argumento de um dos tipos de
formato. Isso faz com que o Nmap desative a saída interativa e apenas grave os resultados no formato que
você especificou para a saída padrão. Dessa forma, o comando nmap -oX - target irá enviar apenas a saída
XML para a stdout. Erros sérios ainda podem ser mostrados na saída padrão de erros, stderr.
Ao contrário de alguns argumentos do Nmap, o espaço em branco entre a flag da opção (como a -oX) e o nome
do arquivo ou hífen é obrigatório. Se você omitir as flags e informar argumentos como -oG- ou
-oXscan.xml, uma característica de compatibilidade retroativa do Nmap irá causar a criação de arquivos de
saída do tipo normal format chamados G- e Xscan.xml respectivamente.
O Nmap também oferece opções para controlar a verbosidade do scan e para acrescentar informações nos
arquivos de saída, ao invés de sobrepor. Todas essas opções estão descritas abaixo.
Formatos de Saída do Nmap
-oN <especificaçãodearquivo> (Saída normal)
Solicita que a saída normal (normal output) seja direcionada para o arquivo informado. Conforme
discutido acima, é um pouco diferente da saída interativa (interactive output).
-oX <especificaçãodearquivo> (Saída em XML)
Solicita que a saída em XML (XML output) seja direcionada para o arquivo informado. O Nmap inclui uma
definição do tipo de documento (document type definition, DTD) que permite que os analisadores
(parsers) XML validem a saída em XML do Nmap. Embora seja primeiramente voltada para ser usada por
programas, também pode ajudar os humanos a interpretar a saída em XML do Nmap. A DTD define os
elementos válidos do formato, e geralmente enumera os atributos e valores que eles podem receber. A
última versão está sempre disponível em https://nmap.org/data/nmap.dtd.
O XML oferece um formato estável que é facilmente interpretado por software. Interpretadores
(parsers) XML gratuitos estão disponível para as principais linguagens de computador, incluindo
C/C++, Perl, Python e Java. As pessoas até já escreveram extensões para a maioria dessas linguagens
para manipular a saída e a execução especificamente do Nmap. Exemplos são o Nmap::Scanner[8] e o
Nmap::Parser[9] em Perl CPAN. Em quase todos os casos em que uma aplicação não-trivial faz interface
com o Nmap, o XML é o formato preferido.
A saída XML faz referência à uma folha de estilo que pode ser usada para formatar os resultados em
HTML. A forma mais fácil de se utilizar isso é simplesmente carregar a saída XML em um navegador web
como o Firefox ou o IE. Por padrão, isso só irá funcionar na máquina onde você rodou o Nmap (ou em
uma máquina similarmente configurada) devido ao caminho (path) do sistema de arquivos (filesystem)
gravado de forma inalterável do nmap.xsl. Utilize a opção --webxml ou --stylesheet para criar
arquivos XML portáveis que podem ser interpretados como um HTML em qualquer máquina conectada à web.
-oS <especificaçãodearquivo> (S4íd4 ScRipT KIdd|3)
A saída script kiddie é como a saída interativa, com a diferença de ser pós-processada para atender
melhor aos "hackers de elite" (l33t HaXXorZ) que antigamente rejeitavam o Nmap devido ao uso
consistente de maiúsculas e minúsculas e a grafia correta. Pessoas sem senso de humor devem observar
que esta opção serve para se fazer graça dos script kiddies antes de me xingar por estar,
supostamente, “ajudando-os”.
-oG <especificaçãodearquivo> (Saída para o grep)
Este formato de saída é mencionado por último porque está deprecado. O formato de saída XML é muito
mais poderoso e é bastante adequado para usuário avançados. O XML é um padrão para o qual existem
dezenas de excelentes interpretadores (parsers) disponíveis, enquanto que a saída para o grep é um
quebra-galho feito por mim. O XML é extensível para suportar novas características do Nmap conforme
elas forem lançadas, por outro lado, sempre tenho que omitir essas novas características da saída
para o grep por falta de onde colocá-las.
Apesar disso, a saída para o grep é bastante popular. É um formato simples que lista cada host em uma
linha e pode ser pesquisado de forma trivial, e interpretado por qualquer ferramenta padrão do Unix,
como o grep, awk, cut, sed, diff, e Perl. Em mesmo uso-a para testes rápidos feitos na linha de
comando. Descobrir todos os hosts com a porta ssh aberta ou que estão rodando o Solaris requer apenas
um simples grep para identificá-los, concatenado via pipe a um comando awk ou cut para mostrar os
campos desejados.
A saída para o grep consiste de comentários (linhas começadas com o símbolo #) e linhas-alvo. Uma
linha-alvo inclui uma combinação de 16 campos rotulados, separados por tab e seguidos por
dois-pontos. Os campos são Host, Portas (Ports),Protocolos (Protocols), Estado Ignorado (Ignored
State), SO (OS), Índice de Seqüência (Seq Index), IPID e Estado (Status).
O campo mais importante é, normalmente, Portas (Ports), que fornece detalhes de cada porta
interessante. É uma lista com a relação de portas, separada por vírgula. Cada porta representa uma
porta interessante, e tem o formato de sete sub-campos separados por barra (/). Esses sub-campos são:
Número da Porta (Port number), Estado (State), Protocolo (Protocol), Proprietário (Owner), Serviço
(Service), informação sobre o SunRPC (SunRPC info) e informação sobre a Versão (Version info).
Assim como na saída XML, esta página man não permite que se documente o formato todo. Uma visão mais
detalhada sobre o formato de saída para o grep do Nmap está disponível em
http://www.unspecific.com/nmap-oG-output.
-oA <nome-base> (Saída para todos os formato)
Para facilitar, você pode especificar -oA nome-base para armazenar os resultados de scan nos formatos
normal, XML e para o grep de uma vez. Eles são armazenados nos arquivos nome-base.nmap, nome-base.xml
e nome-base.gnmap, respectivamente. Como na maioria dos programas, você pode colocar como prefixo aos
nomes de arquivos o caminho de um diretório, como ~/nmaplogs/foocorp/ no UNIX ou c:\hacking\sco no
Windows.
Opções de Verbosidade e depuração (debugging)
-v (Aumenta o nível de verbosidade)
Aumenta o nível de verbosidade, fazendo com que o Nmap mostre mais informações sobre o progresso do
scan. Portas abertas são mostradas conforme são encontradas, e estimativas de tempo para o término
são fornecidas quando o Nmap acha que um scan irá demorar mais do que alguns minutos. Use duas vezes
para uma verbosidade ainda maior. Usar mais do que duas vezes não surte nenhum efeito.
A maioria das alterações afetam apenas a saída interativa, e algumas também afetam a saída normal e
script kiddie. Os outros tipos de saída foram feitos para serem processados por máquinas, então o
Nmap pode dar informações bastante detalhadas por padrão nesse formatos sem cansarem o usuário
humano. Entretanto, existem algumas mudanças nos outros modos onde o tamanho da saída pode ser
reduzido substancialmente pela omissão de alguns detalhes. Por exemplo, uma linha de comentário, na
saída para o grep, que fornece uma lista de todas as portas escaneadas só é mostrada no modo verboso
porque ela pode ser bem longa.
-d [nível] (Aumenta ou estabelece o nível de depuração)
Se mesmo o modo verboso não fornece dados suficientes para você, o modo de depuração está disponível
para inundá-lo com muito mais! Assim como na opção de verbosidade (-v), a depuração é habilitada com
uma flag na linha de comando (-d) e o nível de depuração pode ser aumentado especificando-a múltiplas
vezes. Alternativamente, você pode estabelecer o nível de depuração fornecendo um argumento para o
-d. Por exemplo, -d9 estabelece o nível nove. Esse é efetivamente o nível mais alto e irá produzir
milhares de linhas, a menos que você execute um scan muito simples com poucas portas e alvos.
A saída da depuração é útil quando há a suspeita de um bug no Nmap, ou se você simplesmente está
confuso com o que o Nmap está fazendo e por quê. Como esta opção é, na maioria das vezes, destinada a
desenvolvedores, a linhas de depuração nem sempre são auto-explicativas. Você pode obter algo como:
Timeout vals: srtt: -1 rttvar: -1 to: 1000000 delta 14987 ==> srtt: 14987 rttvar: 14987 to: 100000.
Se você não entender uma linha, suas únicas opções serão ignorá-la, procurar no código-fonte ou pedir
ajuda na lista de discussão de desenvolvimento (nmap-dev). Algumas linhas são auto-explicativas, mas
as mensagens ficam cada vez mais obscuras conforme o nível de depuração é aumentado.
--packet-trace (Rastreia pacotes e dados enviados e recebidos)
Faz com que o Nmap mostre um sumário de todos os pacotes enviados ou recebidos. Isto é bastante usado
para depuração, mas também é uma forma valiosa para novos usuário entenderem exatamente o que o Nmap
está fazendo por baixo dos panos. Para evitar mostrar milhares de linhas, você pode querer
especificar um número limitado de portas a escanear, como -p20-30. Se tudo o que lhe interessa for
saber o que se passa no subsistema de detecção de versão, use o --version-trace.
--iflist (Lista as interfaces e rotas)
Mostra a lista de interfaces e rotas do sistema conforme detectados pelo Nmap. Isto é útil para
depurar problemas de roteamento ou erro de caracterização de dispositivo (como, por exemplo, no caso
do Nmap tratar uma conexão PPP como se fosse uma Ethernet).
--log-errors (Registrar os erros/avisos em um arquivo de sáida em modo normal)
Avisos e erros mostrados pelo Nmap normalmente aparecem apenas na tela (saída interativa), deixando
quaisquer arquivos de saída com formato normal especificados íntegros. Mas quando você quer realmente
ver essas mensagens no arquivo de saída que você especificou, inclua esta opção. É útil quando você
não está vendo a saída interativa ou está tentando depurar um problema. As mensagens continuarão a
aparecer no modo interativo. Isto não irá funcionar para a maioria dos erros ligados à argumento
inválidos na linha de comando, ocorre que o Nmap pode ainda não ter inicializado seus arquivos de
saída ainda. Somado a isso, algumas mensagens de erro/aviso do Nmap utilizam um sistema diferente que
ainda não suporta esta opção. Uma alternativa ao uso desta opção é redirecionar a saída interativa
(incluindo o fluxo de erros padrão) para um arquivo. Embora a maioria dos shells Unix tornem essa uma
alternativa fácil, pode ser difícil fazer o mesmo no Windows.
Opções diversas (miscellaneous) de saída
--append-output (Acrescenta no arquivo de saída, ao invés de sobrepor)
Quando você especifica um nome de arquivo na flag de formato de saída, como -oX ou -oN, esse arquivo
é sobreposto por padrão. Se você preferir manter o conteúdo existente do arquivo e acrescentar os
novos resultados, especifique a opção --append-output. Todos os arquivos de saída especificados na
execução do Nmap terão os resultados acrescidos ao invés de sobrepostos. Isso não funciona bem com os
dados de scan para XML (-oX) pois o arquivo resultante não será adequadamente interpretado até que
você conserte manualmente.
--resume <nomedoarquivo> (Retoma um scan abortado)
Algumas execuções extensas do Nmap podem levar muito tempo -- na ordem de dias. Tais scans nem sempre
rodam até o fim. Podem haver restrições que impeçam que o Nmap seja executado durante o horário de
expediente, a rede pode cair, a máquina onde o Nmap está rodando pode sofrer um reboot planejado ou
não, ou o Nmap pode simplesmente travar. O administrador que está rodando o Nmap poderia cancelá-lo
por qualquer outra razão, bastando teclar ctrl-C. Reiniciar um scan inteiro do começo pode ser
indesejável. Felizmente, se forem mantidas logs normal (-oN) ou para o grep (-oG), o usuário pode
pedir que o Nmap continue o escaneamento do alvo que estava verificando quando a execução foi
interrompida. Simplesmente especifique a opção --resume e informe o arquivo da saída normal/para o
grep como argumento. Nenhum outro argumento é permitido, pois o Nmap analisa o arquivo de saída e usa
os mesmos argumentos especificados anteriormente. Basta chamar o Nmap com nmap --resume
nomedoarquivodelog. O Nmap irá acrescentar os novos resultados ao arquivo de dados especificado na
execução anterior. Essa retomada de execução não suporta o formato de saída XML porque combinar as
duas execuções em um arquivo XML válido seria difícil.
--stylesheet <caminho ou URL> (Informa a folha de estilo XSL usada para transformar a saída XML)
O Nmap vem com uma folha de estilo (stylesheet) chamada nmap.xsl para visualizar ou traduzir a saída
XML em HTML. A saída XML inclui uma diretiva xml-stylesheet que mostra para o nmap.xml onde ele foi
inicialmente instalado pelo Nmap (ou para o diretório corrente no Windows). Simplesmente carregue a
saída XML do Nmap em um navegador moderno e ele deve conseguir achar o nmap.xsl no sistema de
arquivos e utilizá-lo para interpretar os resultados. Se você deseja utilizar uma folha de estilo
diferente, especifique-a como um argumento para --stylesheet. Você deve informar o caminho completo
ou a URL. Uma chamada comum é --stylesheet https://nmap.org/data/nmap.xsl. Isso diz ao navegador para
carregar a versão mais atual da folha de estilo da Insecure.Org. A opção --webxml faz a mesma coisa
com menos teclas e menor memorização. Carregar o XSL da Insecure.org torna mais fácil de se ver os
resultados em uma máquina que não tenha o Nmap instalado (e, conseqüentemente o nmap.xsl). Então, a
URL é normalmente mais útil, mas a localização nmap.xsl em um filesystem local é usada por padrão por
questões de privacidade.
--webxml (Carrega a folha de estilo da Insecure.Org)
Esta opção conveniente é apenas um apelido para --stylesheet https://nmap.org/data/nmap.xsl.
--no-stylesheet (Omite do XML a declaração da folha de estilo XSL)
Especifique esta opção para evitar que o Nmap associe qualquer folha de estilo XSL à saída XML. A
diretiva xml-stylesheet é omitida.
OPçõES DIVERSAS (MISCELâNEA)
Esta seção descreve algumas opções importantes (e não-tão-importantes) que realmente não couberam em
nenhum outro lugar.
-6 (Habilita o escaneamento IPv6)
Desde 2002, o Nmap oferece suporte a IPv6 na maioria de suas opções mais populares. Em particular, o
scan com ping (apenas TCP), o scan com connect e a detecção de versão, todo suportam IPv6. A sintaxe
de comando é a mesma de sempre, exceto que você irá também adicionar a opção -6. É claro que você
deve usar a sintaxe IPv6 se especificar um endereço no lugar de um nome de host. Um endereço pode se
parecer com 3ffe:7501:4819:2000:210:f3ff:fe03:14d0, portanto os nomes de host são recomendados. A
saída é a mesma de sempre, com o endereço IPv6 na linha “portas interessantes” sendo a única dica
visível de se tratar realmente de IPv6.
Muito embora o IPv6 não ter, exatamente, se alastrado pelo mundo, seu uso se torna mais significativo
em alguns países (normalmente asiáticos) e a maioria dos sistemas operacionais modernos passam a
suportá-lo. Para usar o Nmap com o IPv6, tanto a origem, quanto o alvo de seu scan devem estar
configurados para IPv6. Se o seu provedor (ISP) (como a maioria) não aloca endereços IPv6 para você,
alguns intermediários, que fazem o túnel gratuitamente, estão amplamente disponíveis e funcionam bem
com o Nmap. Um dos melhores é disponibilizado pela BT Exact. Também tenho utilizado um, fornecido
pela Hurricane Electric em http://ipv6tb.he.net/. Túneis 6para4 são outra abordagem gratuita e
popular.
-A (Opções agressivas de scan)
Esta opção habilita opções adicionais avançadas e agressivas. Ainda não decidi exatamente qual das
duas é a certa. Atualmente ela habilita a Detecção de SO (-O) e o escaneamento de versão (-sV). Mais
características poderão ser adicionadas no futuro. A questão é habilitar um conjunto completo de
opções de escaneamento sem que as pessoas tenham que se lembrar de um grupo grande de flags. Esta
opção apenas habilita as funções e não as opções de temporização (como a -T4) ou opções de
verbosidade (-v) que você pode também querer.
--datadir <nomedodiretório> (Especifica a localização dos arquivos de dados do scan)
O Nmap obtém alguns dados especiais, em tempo de execução, em arquivos chamados nmap-service-probes,
nmap-services, nmap-protocols, nmap-rpc, nmap-mac-prefixes e nmap-os-fingerprints. O Nmap
primeiramente busca esses arquivos em um diretório especificado na opção --datadir (se houver).
Qualque arquivo que não seja encontrado lá é procurado no diretório especificado pela variável de
ambiente NMAPDIR. A seguir vem o ~/.nmap para se achar os UIDs reais e efetivos (apenas em sistemas
POSIX) ou a localização do executável do Nmap (apenas Win32) e, então, a localização definida na
compilação, que pode ser /usr/local/share/nmap ou /usr/share/nmap . Como último recurso, o Nmap irá
procurar no diretório corrente.
--send-eth (Use a transmissão pela ethernet em estado bruto)
Solicita ao Nmap para que envie pacotes na ethernet (data link) em estado bruto (raw) ao invés de
usar a camada de nível mais alto IP (rede). Por padrão, o Nmap escolhe o que for melhor para a
plataforma onde está rodando. Soquetes (sockets) em estado bruto (camada IP) são normalmente mais
eficientes em máquinas UNIX, enquanto que os frames ethernet são necessários nas operações do
Windows, uma vez que a Microsoft desabilitou o suporte a soquetes em estado bruto. O Nmap ainda usa
pacotes IP em estado bruto no UNIX, independentemente desta opção, quando não há outra alternativa
(como no caso de conexões não-ethernet).
--send-ip (Envia no nível do IP em estado bruto)
Pede ao Nmap que envie os pacotes pelos soquetes IP em estado bruto ao invés de enviar pelo nível
mais baixo dos frames ethernet. É o complemento da opção --send-eth discutida anteriormente.
--privileged (Assume que o usuário é altamente privilegiado)
Informa ao Nmap para simplesmente assumir que ele tem privilégio suficiente para executar
transmissões de soquetes em estado bruto, farejar (sniff) pacotes e operações similares que
normalmente requerem privilégio de root em sistemas UNIX. Por padrão, o Nmap se encerra se tal
operação é solicitada mas o geteuid() não é zero. --privileged é útil com as possibilidades
oferecidas pelo kernel do Linux, e sistemas similares, que pode ser configurado para permitir que
usuários não-privilegiados executem scans de pacotes em estado bruto. Assegure-se de informar esta
flag de opção antes de outras flags de opção que requeiram privilégios (scan SYN, detecção de OS,
etc.). A variável NMAP_PRIVILEGED pode ser configurada como uma alternativa equivalente de
--privileged.
--release-memory (Release memory before quitting)
Esta opção é útil apenas para depuração de vazamentos de memória (memory-leak). Ela faz com que o
Nmap libere memória alocada pouco antes de encerrar de forma a tornar os vazamentos de memória reais
mais fáceis de se ver. Normalmente o Nmap pula essa parte pois o SO faz isso de qualquer forma no
encerramento de um processo.
-V; --version (Mostra o número da versão)
Mostra o número da versão do Nmap e sai.
-h; --help (Mostra a página do sumário de ajuda)
Mostra uma pequena tela com as flags de comandos mais comuns. Executar o nmap sem nenhum argumento
faz a mesma coisa.
INTERAçãO EM TEMPO DE EXECUçãO
Durante a execução do Nmap, todas as teclas pressionadas são capturadas. Isso permite que você interaja
com o programa sem abortá-lo ou reiniciá-lo. Algumas teclas especiais irão mudar as opções, enquanto
outras irão mostrar uma mensagem de estado dando informações sobre o scan. A convenção é que letras
minúsculas aumentam a quantidade de informação e letras maiúsculas diminuem. Você também pode pressionar
‘?’ para obter ajuda.
v / V
Aumenta / Diminui a quantidade de informações (Verbosity)
d / D
Aumenta / Diminui o Nível de Depuração (Debugging Level)
p / P
Habilita / Desabilita o Rastreamento de Pacotes (Packet Tracing)
?
Mostra uma tela de ajuda da interação em tempo de execução
Qualquer outra letra
Mostra uma mensagem de estado como esta:
Stats: 0:00:08 elapsed; 111 hosts completed (5 up), 5 undergoing Service Scan
Service scan Timing: About 28.00% done; ETC: 16:18 (0:00:15 remaining)
EXEMPLOS
Aqui estão alguns exemplos de utilização do Nmap, desde o simple e rotineiro, até o um pouco mais
complexo e esotérico. Alguns endereços IP reais e nomes de domínio foram utilizados para tornar as coisas
mais concretas. Nesses lugares você deve substituir os endereços/nomes pelos da sua própria rede. Embora
eu não ache que o escaneamento de portas de outras redes seja, ou deva ser considerado, ilegal alguns
administradores de rede não apreciam o escaneamento não-solicitado de suas redes e podem reclamar. Obter
a permissão antecipadamente é a melhor opção.
Para fins de teste, você tem permissão para escanear o host scanme.nmap.org. Esta permissão inclui apenas
o escaneamento via Nmap e não tentativas de explorar vulnerabilidades ou ataques de negação de serviço
(denial of service). Para preservar a banda, por favor não inicie mais do que uma dúzia de scans contra o
host por dia. Se esse serviço de alvo livre para escaneamento for abusado, será derrubado e o Nmap irá
reportar Failed to resolve given hostname/IP: scanme.nmap.org. Essas permissões também se aplicam aos
hosts scanme2.nmap.org, scanme3.nmap.org, e assim por diante, embora esses hosts ainda não existam.
nmap -v scanme.nmap.org
Esta opção escaneia todas as portas TCP reservadas na máquina scanme.nmap.org . A opção -v habilita o
modo verboso (verbose).
nmap -sS -O scanme.nmap.org/24
Inicia um scan SYN camuflado contra cada máquina que estiver ativa das 255 possíveis da rede “classe C”
onde o Scanme reside. Ele também tenta determinar qual o sistema operacional que está rodando em cada
host ativo. Isto requer privilégio de root por causa do scan SYN e da detecção de SO.
nmap -sV -p 22,53,110,143,4564 198.116.0-255.1-127
Inicia uma enumeração de hosts e um scan TCP na primeira metade de cada uma das 255 sub-redes de 8 bits
possíveis na classe B do espaço de endereçamento 198.116. Também testa se os sistemas estão executando
sshd, DNS, pop3d, imapd ou a porta 4564. Para cada uma destas portas encontradas abertas, a detecção de
versão é usada para determinar qual aplicação está executando.
nmap -v -iR 100000 -P0 -p 80
Pede ao Nmap para escolher 100.000 hosts de forma aleatória e escaneá-los procurando por servidores web
(porta 80). A enumeração de hosts é desabilitada com -P0 uma vez que enviar primeiramente um par de
sondagens para determinar se um hosts está ativo é um desperdício quando se está sondando uma porta em
cada host alvo.
nmap -P0 -p80 -oX logs/pb-port80scan.xml -oG logs/pb-port80scan.gnmap 216.163.128.20/20
Este exemplo escaneia 4096 endereços IP buscando por servidores web (sem usar o ping) e grava a saída nos
formatos XML e compatível com o programa grep.
BUGS
Como seu autor, o Nmap não é perfeito. Mas você pode ajudar a torná-lo melhor enviando relatórios de
erros (bug reports) ou mesmo escrevendo correções. Se o Nmap não se comporta da forma que você espera,
primeiro atualize para a versão mais atual disponível em https://nmap.org/. Se o problema persistir,
pesquise um pouco para determinar se o problema já foi descoberto e encaminhado. Tente procurar no Google
pela mensagem de erro ou navegar nos arquivos da Nmap-dev em https://seclists.org/. Se não encontrar
nada, envie uma mensagem com um relatório do erro para <dev@nmap.org>. Por favor, inclua tudo o que
souber sobre o problema, bem como a versão do Nmap que você está executando e em qual versão e sistema
operacional você está rodando-o.
Correções codificadas para consertar os erros são ainda melhores que os relatórios de erro. Instruções
básicas para a criação de arquivos de correções com as suas alterações estão disponíveis em
https://nmap.org/data/HACKING.
AUTOR
Fyodor <fyodor@nmap.org> (https://insecure.org)
Centenas de pessoas fizeram contribuições valiosas para o Nmap ao longo dos anos. Isso está detalhado no
arquivo CHANGELOG que é distribuído com o Nmap e também está disponível em
https://nmap.org/changelog.html.
AVISOS LEGAIS
Unofficial Translation Disclaimer / Aviso de Tradução Não-Oficial
This is an unnofficial translation of the Nmap license details[10] into Portuguese (Brazil). It was not
written by Insecure.Com LLC, and does not legally state the distribution terms for Nmap -- only the
original English text does that. However, we hope that this translation helps Portuguese (Brazil)
speakers understand the Nmap license better.
Esta é uma tradução não-oficial dos detalhes do licenciamento do Nmap[10] em português (Brasil). Ela não
foi escrita pela Insecure.Com LLC e não tem poder legal sobre os termos de distribuição do Nmap -- apenas
o texto original em inglês o tem. Entretanto, esperamos que esta tradução auxilie os falantes de
português (Brasil) a compreender melhor a licença do Nmap.
Copyright e Licenciamento do Nmap
O Nmap Security Scanner é (C) 1996-2005 Insecure.Com LLC. O Nmap também é uma marca registrada de
Insecure.Com LLC. Este programa é um software livre; você pode redistribuí-lo e/ou modificá-lo sob os
termos da Licença Pública Geral GNU (GNU General Public License) conforme publicado pela Free Software
Foundation; Versão 2. Isso garante o seu direito de usar, modificar e redistribuir este software sob
certas condições. Se você desejar embutir a tecnologia do Nmap em um software proprietário, poderemos
querer vender licenças alternativas (contate <sales@insecure.com>). Muitos vendedores de scanner de
segurança já licenciam a tecnologia do Nmap, tal como a descoberta de hosts, escaneamento de portas,
detecção de SO e detecção de serviços/versões.
Observe que a GPL impõe restrições importantes em “trabalhos derivados”, embora ela não forneça uma
definição detalhada desse termo. Para evitar más-interpretações, consideramos que uma aplicação constitui
um “trabalho derivado”, para o propósito desta licença, se ela se enquadra em um dos seguintes ítens:
• Integra código fonte do Nmap
• Lê ou inclui arquivos de dados do Nmap que são protegidos por copyright, tal como o
nmap-os-fingerprints ou nmap-service-probes.
• Executa o Nmap e decompõe (parse) os resultados (diferentemente de uma execução típica de um shell ou
aplicações de menu de execução, que simplesmente mostram a saída em estado bruto do Nmap e portanto
não constituem um trabalho derivado).
• Integra/inclui/agrega o Nmap em um instalador executável proprietário, tal como os produzidos pelo
InstallShield.
• Estabelece uma ligação (link) com uma biblioteca ou executa um programa que faz qualquer um dois
ítens acima.
O termo “Nmap” deve ser considerado como contendo parte ou sendo trabalho derivado do Nmap. Esta lista
não é definitiva, mas deve ser entendida como uma forma de clarear nossa interpretação de trabalho
derivado com alguns exemplos comuns. Estas restrições apenas se aplicam quando você realmente redistribui
o Nmap. Por exemplo, nada impede que você escreva e venda um front-end proprietário para o Nmap. Apenas
redistribua o seu produto isoladamente e mostre às pessoas aonde elas podem https://nmap.org/baixar o
Nmap.
Nós não consideramos isso como restrições adicionais à GPL, mas apenas uma elucidação de como nós
interpretamos “trabalhos derivados” pois elas se aplicam ao nosso produto Nmap licenciado no formato GPL.
Isso é idêntico à forma como Linus Torvalds anunciou sua interpretação de como os “trabalhos derivados”
se aplicam aos módulos do kernel do Linux. Nossa interpretação refere-se apenas ao Nmap - não respondemos
por qualquer outro produto GPL.
Se você tiver qualquer dúvida quanto às restrições do licenciamento GPL na utilização do Nmap em produtos
não-GPL, ficaríamos felizes em ajudar. Como mencionado acima, também oferecemos licenças alternativas
para a integração do Nmap em aplicações e dispositivos proprietários. Esses contratos foram vendidos para
muitas empresas de segurança e geralmente incluem uma licença perpétua, bem como disponibiliza um suporte
e atualizações prioritários, e também nos ajuda financeiramente o desenvolvimento contínuo da tecnologia
do Nmap. Por favor, envie um e-mail para <sales@insecure.com> se desejar mais informações.
Como uma exceção especial aos termos da GPL, a Insecure.Com LLC permite que uma ligação (link) do código
deste program seja feito com qualquer versão da biblioteca do OpenSSL que seja distribuída sob uma
licença idêntica àquela listada no arquivo Copying.OpenSSL incluso, e distribuir combinações de ligação
incluindo os dois. Você deve obedecer à GPL GNU em todos os aspectos para todo o código utilizado que não
seja OpenSSL. Se você modificar este aquivo, você pode estender esta exceção para a sua versão do
arquivo, mas você não é obrigado a fazer isso.
Se você recebeu estes arquivos com um acordo de licenciamento por escrito ou um contrato ditando termos
que não sejam diferentes dos acima, então essa licença alternativa tem precedência sobre estes
comentários.
Licença da Creative Commons para este guia do Nmap
Este Guia de Referência do Nmap é (C) 2005 da Insecure.Com LLC. Está aqui colocado sob a versão 2.5 da
Licença de Atribuição da Creative Commons[2]. Isso permite que você redistribua e modifique o trabalho
como desejar, contanto que você credite a fonte original. Opcionalmente, você pode preferir tratar este
documento sob as mesmas regras de licenciamento do Nmap (discutido anteriormente).
Disponibilidade de código fonte e contribuições da comunidade
O código fonte é fornecido com este software porque acreditamos que os usuários tem o direito de saber
exatamente o que um programa irá fazer antes de se executá-lo. Isso também permite que você audite o
software procurando por brechas na segurança (nenhuma foi encontrada até agora).
O código fonte também permite que você porte o Nmap para novas plataformas, conserte problemas e adicione
novas características. Você é altamente encorajado a enviar suas alterações para <fyodor@nmap.org> para
uma possível incorporação na distribuição principal. Enviar essas alterações para Fyodor ou para alguém
da lista de mensagens de desenvolvimento da Insecure.Org, pressupõe que você está oferecendo a Fyodor e à
Insecure.Com LLC o direito ilimitado e não-exclusivo para reutilizar, modificar e re-licenciar o código.
O Nmap sempre estará disponível como um Open Source, mas isto é importante porque a impossibilidade de
re-licenciar o código causou problemas devastadores para outros projetos de Software Livre (tal como o
KDE e o NASM). Nós também re-licenciamos ocasionalmente o código para terceiros, conforme discutido
anteriormente. Se você deseja especificar condições de licenciamento especiais das suas contribuições,
apenas deixe isso claro quando enviá-las.
Sem Garantia
Este programa é distribuído na esperança de que será útil, mas SEM QUALQUER GARANTIA; sem sequer a
garantia implícita de COMERCIALIZAÇÃO ou ADEQUAÇÃO A QUALQUER PROPÓSITO PARTICULAR. Veja a Licença
Pública Geral GNU para mais detalhes em http://www.gnu.org/copyleft/gpl.html, ou no arquivo COPYING
incluído com o Nmap.
Também deve ser observado que o Nmap reconhecidamente trava certas aplicações mal-escritas, a pilha
TCP/IP e mesmo alguns sistemas operacionais. O Nmap nunca deve ser executado contra sistemas de
missão-crítica a menos que você esteja preparado para lidar com o serviço fora do ar (downtime). Nós
reconhecemos aqui que o Nmap pode travar os seus sistemas ou redes e nós renunciamos toda e qualquer
responsabilidade por qualquer dano ou problema que o Nmap possa causar.
Uso inapropriado
Pelo fato de haver o menor risco de travamento e porque existem pessoas mal-intencionadas (black hats)
que gostam de usar o Nmap para reconhecimento antes de atacar um sistema, existem administradores que
ficam chateados e podem reclamar quando o sistema deles é escaneado. Portanto, é normalmente aconselhável
que se solicite a permissão antes de fazer um scan de uma rede, por mais leve que seja.
O Nmap nunca deveria ser instalado com privilégios especiais (p.ex.: suid root) por questões de
segurança.
Software de Terceiros
Este produto inclui software desenvolvido pela Apache Software Foundation[11]. Uma versão modificada da
biblioteca portátil de captura de pacotes Libpcap[12] é distribuída junto com o Nmap. A versão para o
Windows do Nmap, por outro lado, utiliza biblioteca WinPcap[13], derivada da libpcap. O suporte à
expressões regulares é fornecido pela biblioteca PCRE[14], que é um software de código aberto, escrito
por by Philip Hazel. Algumas funções de rede em estado bruto utilizam a biblioteca de rede Libdnet[15],
que foi escrita por Dug Song. Uma versão modificada é distribuída com o Nmap. O Nmap pode, opcionalmente,
ser ligado ao conjunto de ferramentas de criptografia do OpenSSL[16] para o suporte à detecção de versão
do SSL. Todos os softwares de terceiros descritos neste parágrafo são distribuídos gratuitamente sob o
licenciamento de software no estilo BSD.
Classificação do Controle de Exportação dos EUA
Controle de Exportação dos EUA: A Insecure.Com LLC acredita que o Nmap se enquadra no US ECCN (número de
classificação para controle de exportação) 5D992. Essa categoria é chamada de “software de Segurança da
Informação não-controlado pela 5D002”. A única restrição à essa classificação é o AT (anti-terrorismo),
que se aplica a quase todos os produtos e nega a exportação à um punhado de nações não-confiáveis tais
como o Irã e a Coréia do Norte. Portanto, exportar o Nmap não requer nenhuma licença ou permissão
especial, ou qualquer outro tipo de autorização governamental.
NOTAS
1. original em Inglês
https://nmap.org/man/
2. Licença de Atribuição da Creative Commons
http://creativecommons.org/licenses/by/2.5/
3. RFC 1122
http://www.rfc-editor.org/rfc/rfc1122.txt
4. RFC 792
http://www.rfc-editor.org/rfc/rfc792.txt
5. UDP
http://www.rfc-editor.org/rfc/rfc768.txt
6. RFC do TCP
http://www.rfc-editor.org/rfc/rfc793.txt
7. RFC 959
http://www.rfc-editor.org/rfc/rfc959.txt
8. Nmap::Scanner
http://sourceforge.net/projects/nmap-scanner/
9. Nmap::Parser
http://www.nmapparser.com
10. Nmap license details
https://nmap.org/man/man-legal.html
11. Apache Software Foundation
http://www.apache.org
12. biblioteca portátil de captura de pacotes Libpcap
http://www.tcpdump.org
13. biblioteca WinPcap
http://www.winpcap.org
14. biblioteca PCRE
http://www.pcre.org
15. Libdnet
http://libdnet.sourceforge.net
16. conjunto de ferramentas de criptografia do OpenSSL
http://www.openssl.org
Nmap 12/04/2024 NMAP(1)